Entenda por que os jovens estão sofrendo mais paradas cardíacas

08/02/2022

Entenda por que os jovens estão sofrendo mais paradas cardíacas

Quando falamos de vítimas de doença cardiorrespiratória, a primeira impressão que pode vir à cabeça é de que são pacientes com idade mais avançada, porém os jovens estão sofrendo mais paradas cardíacas. Embora o grupo da 3ª idade ainda seja maioria, existe um aumento no número de casos entre pessoas com menos de 40 anos, que vem levando à redução da média de idade e chamando a atenção dos órgãos de saúde no Brasil e em outros países. Mas por que os jovens estão sofrendo mais paradas cardíacas?

Antes de tudo, vamos aos números: segundo o Ministério da Saúde, as internações de jovens e adultos com até 39 anos vítimas de infarto cresceram 59% entre 2010 e 2019. Neste período, as mortes por este motivos aumentou em 9%. E o Brasil não é o único país que enfrenta o problema. Nos Estados Unidos, os casos de jovens com arritmia cardíaca cresceu em 2% por ano na última década. Lá tem um adendo: entre os idosos com mais de 65 anos, o número de óbitos caiu mais do que entre pessoas de 35 a 64 anos.

Voltando ao cenário brasileiro, nota-se que o problema é ainda maior porque o número de mortes por doenças do coração cresceu de maneira geral. Até setembro de 2021, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), havia registrado 230 mil mortes no ano, número 6,8% superior em relação a 2020 e 12,5% maior do que em 2019.

O que provoca infarto nos jovens?

O comparativo de óbitos registrados ao longo de 2021 com os anos anteriores mostram a relação entre as doenças cardíacas e o novo coronavírus, mas ainda não explica a relação com os jovens. O que, então, leva a população mais nova a sofrer com infarto e outros problemas cardíacos?

As principais causas têm relação com a aterosclerose, o acúmulo de gordura e o colesterol, que leva ao entupimento das artérias, comprometendo o fluxo sanguíneo. O fluxo é responsável, dentre outras funções, por transportar o oxigênio até os pulmões. Esse impacto, portanto, é consequência direta de uma má alimentação e da falta de atividades físicas. Não por acaso, os jovens que são vítimas de problemas cardíacos apresentam fatores de risco como obesidade, quadro de diabetes, hipertensão e alta concentração de LDL, o chamado colesterol ruim.

O uso de drogas, de tabaco, de álcool, e a presença de fatores genéticos agravam o quadro. Associados ao sedentarismo, são um prato cheio para aumentar as chances de doença cardíaca. E essa realidade também traz números preocupantes. De acordo com a Pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), mais da metade dos brasileiros estão acima do peso e 19,8% da população é obesa.

Cenário da pandemia

É inevitável considerar também o cenário da pandemia. Além de ter intensificado os casos de sedentarismo por conta do isolamento social, boa parte das pessoas que fazem parte do grupo de risco deixaram de fazer os exames para evitar sair de casa. O Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que, em 2020, quase 30 milhões de procedimentos médicos deixaram de ser feitos em decorrência da pandemia.

Entretanto, o fim da pandemia não deverá significar uma melhora do quadro. As projeções da SBC sugerem que, em 2040, o número de casos de doenças cardiovasculares no Brasil sofrerá um aumento de 250%.

Neste cenário, torna-se ainda mais importante aprender quais são os sinais de um ataque cardíaco e o que fazer diante de uma situação de emergência.

O que fazer?

Quem sofre com problemas de obesidade sabe bem o que fazer para fugir dos riscos, embora seja difícil. Mais do que nunca, é necessário investir numa alimentação balanceada, com horários controlados e atividades físicas regulares. É fundamental também manter uma avaliação constante do coração junto a um médico especialista e criar uma rotina de trabalho saudável, independente de ser em casa ou no escritório. Fazer pausas regulares, criar uma rotina favorável ao sono de qualidade e fazer tratamentos contra aspectos que elevem os riscos de doenças cardiorrespiratórias também são medidas necessárias para melhorar a saúde do coração.

Pensando em mudar esse cenário e diminuir os casos de paradas cardíacas em jovens o primeiro passo é a prevenção, começando pela mudança de hábitos na rotina. Mas pensando no momento atual e com o aumento desses casos podemos contar com equipamentos tecnológicos que podem impedir demais complicações em casos emergenciais.

É importante ressaltar a importância de ter uma ferramenta que pode auxiliar e contornar uma parada cardíaca em um momento de emergência, o DEA – Desfibrilador Externo Automático, pode ser usado em casa, no trabalho ou demais locais com alto número de pessoas em circulação.

Gostaria de entender mais sobre doenças no coração entre jovens e demais pessoas da população?

Acesse esse material e confira informações e como prevenir um infarto.

 

 

 

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