Infarto Fulminante: tipos, sintomas, causas e prevenção

infarto fulminante

Por dia, mais de mil pessoas morrem por doenças cardiovasculares, como o infarto fulminante. Os dados são ainda mais assustadores ao revelarem que isso significa 46 mortes por hora.

Isso significa que ocorrendo repentinamente e sem aviso, esse tipo de infarto, especificamente, pode ser fatal para metade das suas vítimas, especialmente quando não há socorro imediato.

Mas você sabe quais são os sinais de um infarto fulminante? Quais os socorros prestar até a chegada do atendimento médico? 

Essas e outras respostas você terá neste post. 

Por isso, continue a leitura e saiba exatamente o que fazer para salvar a vida de amigos e familiares em casos assim.

O que é o infarto fulminante?

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma doença do coração caracterizada pela morte do tecido cardíaco em decorrência da falta de oxigênio. 

Isso ocorre quando o sangue não consegue chegar até essa região devido a uma obstrução nas artérias coronárias.

Quem passa por essa condição tem três possibilidades:

  • receber tratamento adequado e sobreviver;
  • receber atendimento hospitalar, mas não ter o quadro revertido, levando à morte em até 24 horas;
  • ir a óbito instantaneamente, o denominado infarto fulminante.

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Os tipos de ataques cardíacos

Os tipos de ataques cardíacos são classificados de acordo com a área do coração do paciente que foi afetada, além das alterações identificadas pelo eletrocardiógrafo no eletrocardiograma e causas combinadas a consequências.

Então, a definição dos tipos de ataques cardíacos é feita com base nas patologias e podem ser 5:

  • tipo 1: acontece por conta da obstrução da passagem do sangue por uma artéria;
  • tipo 2: trata-se de eventos graves que levam a diminuição da irrigação sanguínea no coração, como crise hipertensiva, que aumenta a demanda por oxigênio, ou os espasmos das artérias, que diminuem a oferta de oxigênio ao órgão;
  • tipo 3: é o infarto fulminante, que pode levar a óbito instantaneamente;
  • tipo 4: trata-se da junção dos casos de infarto pós angioplastia das artérias coronárias, sendo que o infarto pode acontecer logo depois do tratamento ou por conta de uma nova obstrução por cima do stent; 
  • tipo 5: ocorre quando há relação entre a revascularização cardíaca e o infarto, sendo conhecido como ponte de safena.

Quais as causas do infarto fulminante?

O infarto acontece quando existe a interrupção repentina do fluxo sanguíneo bombeado para o coração. 

A obstrução se dá porque uma placa de gordura aderida na parte interna do vaso acaba se rompendo. 

Quando a placa se rompe, ela libera substâncias altamente inflamatórias que bloqueiam a passagem do sangue.

Normalmente, o infarto fulminante é resultado de alterações genéticas que causam modificações nos vasos e pode ser provocado também por arritmias graves. 

Alguns fatores de risco aumentam as chances de o indivíduo sofrer um infarto fulminante, sendo eles:

  • diabetes;
  • obesidade;
  • tabagismo;
  • estresse;
  • idade superior a 40 anos;
  • colesterol elevado;
  • pressão alta.

Grupos de risco

Ninguém está imune a sofrer um infarto fulminante, porém, há pessoas que estão mais propensas a isso, especialmente quem:

  • histórico de doenças cardíacas na família;
  • está acima dos 40 anos;
  • é sedentário;
  • está acima do peso;
  • fuma;
  • sofre de hipertensão;
  • tem diabetes;
  • possui colesterol elevado;
  • consome álcool ou drogas;
  • está com o nível de estresse elevado.

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O IAM também costuma ser mais comum em homens ou em mulheres que estão na pós-menopausa. No entanto, o número de infarto fulminante em jovens e adultos com menos de 40 anos tem crescido e chamado a atenção.

Um dos motivos pelo qual isso acontece é porque nessa fase da vida o corpo ainda não formou a chamada “circulação colateral”, que é uma proteção extra graças ao surgimento de pequenos vasos sanguíneos que suprem a falta de irrigação no órgão quando há o entupimento das artérias.

Outro motivo que leva esse grupo de pessoas se tornar cada vez mais vítima dessa patologia é o estilo de vida atual, que inclui sedentarismo, hábitos alimentares pouco saudáveis, tabagismo e estresse.

Sintomas do infarto fulminante

Para socorrer adequadamente uma pessoa que esteja tendo um infarto fulminante, o primeiro passo é identificar o quadro e os sintomas de infarto através dos principais sintomas, que são:

  • falta de ar;
  • suor frio;
  • enjoo;
  • vômitos;
  • sensação de indigestão;
  • cansaço;
  • sensação de peso, queimação e/ou dor no peito, que pode irradiar para o braço esquerdo.

Como o infarto fulminante pode levar a vítima a óbito em minutos, é importantíssimo saber reconhecer os sintomas do problema e se antecipar no atendimento. 

Cumpre ressaltar que os indícios não se manifestam apenas no momento do ataque. O corpo pode dar sinais de ataque cardíaco dias antes de o infarto fulminante ocorrer.  

A intensidade do sintoma pode variar conforme a gravidade da lesão no miocárdio. Quanto mais forte for a dor, por exemplo, mais grave é a lesão.

Exames para saber se teve infarto fulminante

Os exames para saber se teve infarto fulminante são:

  • indicador da Troponina T e I;
  • ecocardiografia;
  • teste ergométrico;
  • monitorização ambulatorial de pressão arterial – MAPA;
  • holter;
  • cintilografia do miocárdio.

Quanto aos exames, é importante saber que todos eles diagnosticam as lesões sofridas no tecido cardiovascular e não o infarto em si.

Tendo isso em mente, o principal exame solicitado por cardiologistas em suspeitas de infarto é o Troponina T e I.

A troponina T e I são duas proteínas liberadas na corrente sanguínea do nosso corpo quando há lesões no coração.

Desta forma, a sua concentração no sangue eleva-se de 4 a 8 horas depois da lesão no órgão.

Já os outros exames citados aqui são solicitados por cardiologistas para detectar doenças cardíacas de maneira geral.

Prevenção

Assim como diversas outras doenças do coração, é possível tomar algumas atitudes que ajudam a prevenir um possível quadro de infarto fulminante, tais como:

  • não fumar;
  • evitar bebidas alcoólicas em excesso;
  • ter hábitos alimentares saudáveis, preferindo o consumo de produtos naturais como legumes, verduras e carnes magras;
  • praticar atividade física de maneira regular; 
  • controlar os níveis de triglicérides e colesterol;
  • controlar a diabetes e a pressão arterial;
  • evitar o estresse;
  • ter boas noites de sono e momentos de descanso.

Tratamento

Somente após os primeiros socorros, que você entenderá melhor a seguir, é que a vítima de IAM é encaminhada ao hospital, onde passará por tratamento que inclui uso de medicamentos para melhorar o fluxo sanguíneo e, se necessário, procedimentos cirúrgicos, como o cateterismo, para desobstrução da artéria coronariana.

Portanto, o tratamento para o infarto fulminante é hospitalar, feito com a supervisão de médicos especialistas que indicam o uso de remédios para melhorar a circulação sanguínea, além da realização de cirurgias para restabelecer o fluxo sanguíneo.

Em caso de infarto com parada cardíaca, o profissional iniciará um processo de reanimação cardíaca, com massagem e uso de desfibrilador

Essas técnicas podem ser determinantes para salvar a vida da vítima infartada.

Depois da recuperação, deve ser iniciado o tratamento pós-infarto para que o paciente recupere sua capacidade física. Esse tratamento inclui fisioterapia e acompanhamento cardiológico.

O que fazer em casos de infarto fulminante?

Agora que você sabe o que é o infarto, suas causas, prevenção e como identificar os principais sintomas, é hora de descobrir como prestar o socorro adequado caso alguém passe por esse problema próximo a você e, dessa forma, evitar que a situação se torne mais um caso de infarto fulminante.

  1. reconheça os sintomas de dor e queimação no peito, sensação de indigestão, falta de ar, cansaço e suor frio;
  2. chame por socorro imediatamente através do telefone 192 do SAMU, ou do seu serviço de atendimento móvel hospitalar particular;
  3. acalme a vítima e evite que faça qualquer tipo de esforço físico;
  4. afrouxe suas roupas e coloque-a deitada em um local tranquilo e ventilado;
  5. ofereça dois comprimidos de ácido acetilsalicílico (AAS), tendo cuidado para se certificar que a pessoa não tenha alergia ao medicamento;
  6. jamais ofereça qualquer líquido ou calmante;
  7. tente obter informações que podem ajudar no atendimento médico, como casos de doenças cardíacas prévias e uso de medicamentos;
  8. caso a pessoa desmaie, ou caso já esteja desmaiada quando encontrá-la, deite-a de barriga para cima e verifique constantemente a presença de batimentos cardíacos e respiração;
  9. se porventura perceber que esses sinais vitais pararam, é fundamental começar as compressões torácicas, conhecidas como massagem cardíaca, ou RCP, imediatamente.

Como fazer a RCP

A RCP (Ressuscitação Cardiopulmonar) é um conjunto de manobras para reverter quadros de PCR (Parada Cardiorrespiratória). 

Veja como realizar a RCP para evitar um possível infarto fulminante, ou em casos de outras doenças cardíacas:

  • constate se a vítima realmente está sem batimentos e sem respiração;
  • verifique se você e ela estão um local seguro antes de iniciar as compressões;
  • antes de iniciar a RCP, certifique-se se o socorro (SAMU) seja acionado e solicite que um DEA seja trazido o quanto antes;
  • só depois comece a RCP, que deve continuar de maneira ininterrupta até a chegada do atendimento médico;
  • com a vítima de barriga para cima, ajoelhe-se ao seu lado e localize o centro do tórax, especificamente na linha entre os mamilos;
  • estenda os braços, sobreponha as suas mãos e entrelace os dedos;
  • coloque as suas mãos no ponto localizado e inicie as compressões, mantendo seus braços esticados e comprimindo o peito da vítima de maneira rítmica, profunda e constante.
  • a profundidade da compressão deve ser de aproximadamente 5cm. Para a frequência da compressão, uma dica é seguir mentalmente o ritmo da música Stayin’ Alive, dos Bee Gees – a comunidade médica a reconhece como a batida ideal para realizar compressões no peito para ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Apenas tente cantá-la ou repassá-la mentalmente para adequar cada pressão ao ritmo das batidas da música.

O que fazer em casos de infarto fulminante?

Em casos de infarto fulminante você deve:

  • ligar para o serviço de emergência SAMU no número 192;
  • acalmar a vítima do infarto fulminante para o quadro não agravar;
  • afrouxar as roupas e retirar os sapatos da pessoa para facilitar sua respiração;
  • oferecer 300 mg de aspirina, caso tenha por perto, pois o medicamento afina o sangue e colabora para retomada da circulação;
  • ficar atento à respiração e batimentos cardíacos da vítima e, caso a frequência aumente ou a vítima pare de respirar, iniciar os procedimentos de primeiro socorros, como o RCP.

Importância de ter um DEA

O uso do DEA (Desfibrilador Externo Automático) e do Feedback de RCP são importantes aliados para reanimar vítimas de parada cardíaca, aumentando suas chances de sobrevivência e evitando quadros irreversíveis, como o caso do infarto fulminante.

Tenha mais informações sobre esses equipamentos e de como fazer a RCP passo a passo no nosso Guia de Reanimação Cardiopulmonar. Portanto, baixe agora e ajude a salvar a vida das pessoas que você mais ama!

Conclusão

Como você viu ao longo deste artigo, o infarto fulminante é uma doença do coração caracterizada pela morte do tecido cardíaco em decorrência da falta de oxigênio. 

Uma das suas principais causas é porque uma placa de gordura aderida na parte interna do vaso acaba se rompendo e liberando substâncias altamente inflamatórias que bloqueiam a passagem do sangue.

Além disso, neste artigo apresentamos a RCP, um conjunto de manobras para reverter quadros de PCR (Parada Cardiorrespiratória).

Entre essas manobras está a solicitação de um DEA o mais rápido possível para reanimar a vítima e aumentar as suas chances de sobrevivência.

E para isso, você pode contar com este equipamento da CMOS DRAKE!

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