Os excessos, as noites mal dormidas, os estresses do dia-a-dia… são coisas que todos enfrentamos no dia a dia, mas a tendência é sempre de pensar que as consequências de uma vida sem muitos cuidados, como um infarto por exemplo, são coisas que vão acontecer somente mais tarde, depois dos 50, 60 anos. Mas a verdade é que o infarto entre os jovens é algo cada mais comum e alarmante.
Os problemas cardíacos, apesar de sempre terem sido associados a idosos e pessoas obesas, principalmente no imaginário popular, podem sim atingir em cheio os jovens que não estão atentos aos cuidados com a saúde.
Os dados são alarmantes e urgentes!
O Ministério da Saúde alerta que, entre 2010 e 2019, cresceu em 59% o número de pessoas com até 39 anos que foram internadas devido a um infarto. A mortalidade devido a problemas cardíacos nessa faixa etária cresceu 9%! Ou seja, cada vez mais jovens estão morrendo devido ao infarto e outros problemas cardíacos no Brasil.
Já nos Estados Unidos, os ataques cardíacos em pessoas com menos de 40 anos crescem numa média de 2% ao ano. Por outro lado, as doenças cardiorrespiratórias em pessoas da 3ª idade não cresceram nem diminuíram. Estão estáveis, até mesmo no país do fast food!
“A culpa é do hamburguer!”
Você pode pensar que o problema está na alimentação ruim. Se fosse assim, algumas nações com alta qualidade alimentar, como a Noruega, a Suíça e a Grécia, teriam poucos problemas com o coração.
Mas não é o que diz um estudo feito pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia. O país é um dos líderes em alimentação saudável e IDH, mas mesmo assim sofre com os casos de AVC e de insuficiência cardíaca. A pesquisa concluiu que a origem do problema está na obesidade e na baixa aptidão física dos adolescentes. Provavelmente os suecos também não estão cuidando da saúde como um todo.
Onde está a causa desse alto índice de infarto entre os jovens?
Não é apenas um problema que leva ao comprometimento cardíaco, mas vários. Antes de tudo, convenhamos que o mundo mudou. Nosso comportamento não é mais o mesmo de 30 anos atrás. Hoje ficamos mais tempo parados e isso faz com que sejamos fisicamente menos ativos. Basicamente, é o que chamamos de sedentarismo. O sedentarismo contribui muito, mas não é o único causador dos problemas cardíacos.
Os adultos mais jovens sofrem também com a aterosclerose, que é o acúmulo de gordura, cálcio, colesterol e outros elementos indesejáveis nas artérias do coração.
Tem mais motivos: a carga de estresse e ansiedade que enfrentamos hoje em dia afeta diretamente o sono. E a baixa qualidade do seu sono ajuda a dizer muito sobre sua saúde cardíaca.
Por isso, o primeiro passo é a mudança de hábito. Promover a reeducação alimentar e estimular a prática de atividades físicas regulares por crianças, jovens e adultos e idosos. Também é recomendado fazer uma visita regular ao médico e manter os exames em dia.
O segundo passo é a prevenção. E isso passa não apenas por essa mudança de comportamento, mas pela consciência de que temos hoje recursos tecnológicos que também podem prevenir a morte súbita por infarto, não só ente os jovens, como em toda a população, em casos emergenciais.
O governo e a população devem se conscientizar que podemos e devemos ter à mão ferramentas que podem ajudar a contornar uma parada cardíaca como o DEA – Desfibrilador Externo Automático, inclusive em casa, no local de trabalho ou num ambiente de grande circulação de pessoas. Precisamos de uma maior conscientização, tanto pela prevenção, como por itens como o DEA e pessoas preparadas para agir em emergências cardíacas.
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