Como lidar e evitar as consequências da parada cardíaca

consequências da parada cardíaca

As consequências da parada cardíaca podem ser fatais se o paciente não recebe os primeiros socorros assim que a situação é detectada. Por isso, o primeiro atendimento é muito importante, tanto em qualidade quanto em rapidez de ação. Saiba o que fazer em casos de parada cardiorrespiratória.

Conhecida também como PCR, a parada cardiorrespiratória é, basicamente, a interrupção abrupta da circulação sanguínea, que dificulta a respiração, causando dor no peito e dores fortes de cabeça. Mas ela pode acontecer de maneira diferentes e cada uma tem uma particularidade importante. A seguir, você pode descobrir mais sobre a PCR, seus tipos e possíveis sequelas que ela pode deixar.

Tipos de PCR

Quando é dada essa interrupção na circulação sanguínea, os batimentos cardíacos começam a diminuir instantaneamente até parar. Depois que isso acontece, entre 10 e 15 minutos, em média, a pessoa já perde a consciência.

Essa situação, porém, pode acontecer de formas distintas:

1. Fibrilação Ventricular

Na fibrilação ventricular, é quando o ritmo cardíaco é desequilibrado e irregular, fora do ritmo sinusal, resultando na incapacidade do coração em manter uma circulação sanguínea adequada.

2. Taquicardia ventricular

Na taquicardia ventricular, as câmaras localizadas na parte inferior do coração batem muito mais rápido que o normal, o que também resulta na incapacidade do coração em manter uma circulação sanguínea adequada.

3. Assistolia 

Outro tipo é a assistolia ventricular, quando não há ritmo cardíaco algum, ou seja, o coração está parado.

4. Atividade elétrica sem pulso

Quando a musculatura cardíaca apresenta atividade elétrica, mas os batimentos não conseguem chegar no ritmo necessário para circular o sangue.

Conheça o DEA

 

O que acontece depois de uma parada cardíaca

Depois de começar a parada cardíaca, o corpo começa uma espécie de desligamento dos sinais vitais, ou seja, reação a uma pane. O córtex, que é a parte do cérebro responsável pelo processamento neural, reduz drasticamente suas atividades, em até 20 segundos, o que significa que, nos exames que medem a atividade cerebral, pode acontecer de resultar em uma linha reta, como se o corpo já estivesse sem vida.

Depois, o corpo começa a realizar uma série de processos que podem fazer outras células cerebrais pararem de funcionar completamente. Mas isso pode acontecer horas após a parada cardíaca. Por isso o primeiro atendimento é muito importante, tanto em qualidade quanto em rapidez de ação.

Quando se realiza um RCP – Reanimação Cardiopulmonar – bem feita, o sangue consegue ser transportado para o cérebro, conseguindo reanimar parte de suas funções. Mas para se ter uma ideia, o resultado da manobra é, em média,, 15% do que o cérebro precisa para funcionar normalmente, ou seja, é o necessário para mantê-lo em funcionamento apenas até a chegada da emergência.

Deixar o paciente sem RCP e primeiros socorros, que incluem a realização da RCP e o uso do DEA, pode fazer com que ele fique muito tempo sem oxigênio no cérebro, o que pode resultar em sequelas graves que duram pelo resto da vida, caso ele sobreviva, ou até mesmo ser fatal para a vítima. É por isso que os primeiros socorros feitos adequadamente são imprescindíveis para que o paciente possa ser reanimado e sobreviva até a chegada dos médicos.

O tratamento de uma parada cardiorrespiratória deve seguir um protocolo específico para cada caso, conhecido como cadeia básica de sobrevivência.

O primeiro passo é acionar o serviço de emergência (192) e solicitar que alguém identifique e busque Desfibrilador DEA mais próximo. Em seguida, depois de liberar todas as vias respiratórias da vítima, garantindo que o corpo dela esteja bem ventilado, começam as massagens de RCP, que devem ter entre 100 e 120 compressões feitas no tórax por minuto, para que o coração seja estimulado a recuperar seus batimentos.

Assim que o desfibrilador chegar, o que deve acontecer o quanto antes, ele deve ser ligado e conectado à vítima. O DEA vai fazer a análise do paciente e determinar pela necessidade ou não da desfibrilação.

Caso o DEA identifique que seja necessário, ele vai realizar a desfibrilação, ou seja, enviar estímulos elétricos em uma carga correta para reiniciar os batimentos cardíacos para que ele retome seu ritmo. Na sequencia, a RCP deve ser retomada, até a chegada do socorro especializado.

Depois disso os médicos podem começar a entrar com medicamentos adequados e outros tratamento a fim de resolver a situação, e, na sequencia, poder ser feita uma avaliação da possível causa da parada cardíaca.

Após essa situação resolvida, o paciente precisa entender os motivos da parada cardiorrespiratória e tratá-los corretamente com o acompanhamento médico adequado para que o episódio não se repita.

Consequências da parada cardíaca: sequelas

Infelizmente, as taxas de mortalidade causadas por paradas cardíacas ainda são altas, mas recebendo o atendimento correto, as chances de sobrevida são grandes. Porém, o cérebro não responde bem ao fato de ficar mesmo mais do que 5 minutos sem oxigênio.

Isso significa que a pessoa que passa por uma parada cardíaca pode sobreviver, mas também apresentar algumas sequelas.

Em condições de parada cardiorrespiratória, as lesões costumam acontecer na área cerebral, já que essa parte do corpo que fica sem oxigênio é a mais afetada. A partir de 3 minutos sem oxigênio, algumas sequelas podem ser muito graves e irreversíveis. A partir de 10 minutos sem oxigenação, o risco de morte cerebral é muito alto.

Danos neurológicos são os mais comuns em quem tem parada cardíaca. Dificuldades motoras, para falar, andar e para casos mais graves, pode levar até mesmo à permanência em estado vegetativo.

Tratamento

Se o paciente sobreviveu a uma parada cardíaca, o momento é de cuidar das sequelas e, se forem reversíveis, contar com profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos para ajudar na recuperação.

Depois, disso, é imprescindível realizar exames como o ecg (do eletrocardiógrafo) e investigar a causa da parada cardíaca, aplicando tratamentos para que ela não se repita.

Como evitar as consequências sérias da parada cardíaca

A inclusão de atividade física e hábitos saudáveis no dia a dia são duas das atitudes mais indicadas pelos médicos para prevenir novos episódios. Além disso, evitar acontecimentos estressantes e seguir outras orientações especiais para cada caso é muito importante para manter a saúde do coração em dia e mantê-lo sempre forte e preparado para quaisquer sustos que podem acontecer.

Solicitar mais do músculo através de exercícios aeróbicos faz com que, em longo prazo, ele vá mudando sua composição de uma maneira positiva, ficando mais forte, saudável e se afastando dos fatores de risco que podem causar a parada cardíaca. Porém, se por ventura ela acontecer, o coração estará mais preparado para enfrentá-la e passar por suas consequências de uma maneira mais branda.

As consequências da parada cardíaca são imensuráveis e cada caso deve ser avaliado individualmente. O importante é que a pessoa receba um primeiro atendimento de qualidade e no tempo certo para que não fique muito tempo sem oxigênio no cérebro para evitar piores sequelas.

Agora que você já sabe da importância que a RCP e o uso do desfibrilador tem para salvar uma vida em casos de parada cardíaca, confira o Ebook da Reanimação Cardiopulmonar para saber como agir corretamente nesses casos e poder reduzir as chances de consequências negativas nesses quadros!

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Reanimação Cardiopulmonar! Guia para oferecer suporte a vítimas de parada cardíaca!

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