Quando exercício físico não é a melhor opção para o coração?

Quando exercício físico não é indicado

Qualquer pessoa que inicia a prática de atividades físicas deve tomar alguns cuidados, principalmente em relação ao coração. Quando o órgão é bastante exigido, ele reage de diversas formas. E, se não estiver em excelentes condições, a experiência pode ter consequências negativas. Daí, o perigo do exercício físico para o coração.

No geral, as academias de ginástica pedem apenas um atestado médico. No entanto, em alguns casos, isso pode não ser o bastante. Afinal, muitas vezes exames mais rigorosos e investigativos serão necessários para se fazer uma checagem mais completa. Mas, infelizmente, na maioria das vezes, acabam sendo somente aferida a pressão e realizadas algumas medidas, e o indivíduo é liberado para realizar a atividade, até mesmo para as bem intensas.

Apesar de sabermos que o exercício físico é ótimo para a saúde, neste artigo vamos falar um pouco sobre alguns perigos que muitas pessoas não conhecem. Afinal, em alguns casos, a investigação deve ser mais rigorosa e ampla para minimizar os riscos à saúde, principalmente a do coração.

Vamos também falar sobre algumas doenças nas quais o exercício físico intenso não é indicado e pode afetar o coração. Continue a leitura e confira quais são essas doenças!

Quando o exercício físico é recomendado com cautela?

Todos os candidatos a atividade física precisam passar por exames físicos. Para algumas pessoas — como quem possui problemas cardíacos —, esses exames devem ser mais rigorosos para que os médicos conheçam suas condições físicas mais a fundo. Somente, assim, saberão com certeza se podem praticar atividade física sem riscos.

Mas atenção: quem possui histórico de doenças cardíacas só pode ser liberado por um cardiologista.

No entanto, a contraindicação para determinadas atividades não significa que aquela pessoa não possa se exercitar. Ela pode sim fazer algo mais leve, como uma caminhada com regularidade, por exemplo; devendo apenas ter cautela e o acompanhamento de um profissional de educação física capacitado para tais situações.

Quais doenças cardíacas exigem cuidados na execução de atividade física?

Insuficiência cardíaca

A insuficiência cardíaca é comum em pessoas que possuem pressão alta. Aliás, é uma das consequências da pressão alta sem o devido tratamento. O problema causa enfraquecimento do músculo cardíaco e sua consequente dificuldade de bombear sangue.

Além dos medicamentos recomendados para a doença, os especialistas indicam a prática regular de exercícios. Porém, logicamente, tudo supervisionado por um profissional de educação física capacitado para esses casos. Os exercícios não podem ser intensos, mas uma atividade física moderada faz parte do tratamento se indicado pelo cardiologista responsável.

Arritmias cardíacas

A arritmia cardíaca se caracteriza pela alteração dos batimentos cardíacos, que podem se tornar mais rápidos, mais lentos e/ou descompassados. Os sintomas mais comuns são: cansaço, palidez, falta de ar, suor frio, entre outros.

O tratamento, normalmente, é feito por meio de medicamentos com o objetivo de normalizar os batimentos cardíacos. E, em alguns casos, o tratamento também pode ser realizado por meio da desfibrilação ou cardioversão. É recomendado evitar o consumo de álcool, cigarro e bebidas com cafeínas, entre outras medidas que também contribuem para a melhoria do quadro.

Entretanto, a prática de atividade física de leve a moderada e regular não está descartada. Após passar por exames mais rigorosos e sob o aval do cardiologista, o indivíduo pode sim praticar uma atividade leve, bem como deve manter uma alimentação balanceada. Mas sempre sob a supervisão de um profissional de educação física capacitado.

Angina pectoris

A angina ocorre geralmente quando há a diminuição do fluxo de sangue para o coração. E é mais comum em pessoas acima dos 50 anos. Ela provoca a sensação de peso, dor ou aperto no peito. E, geralmente, acontece com quem tem pressão alta, diabetes e hábitos de vida pouco saudáveis. Isso resulta na interrupção do fluxo sanguíneo devido a vasos com acúmulo de gordura.

O tratamento é recomendado pelo cardiologista responsável que prescreverá medicamentos para controle dos sintomas, como regular a pressão arterial e evitar a formação de coágulos, ou até mesmo procedimentos cirúrgicos como a angioplastia. Nesses casos, exercício físico pode ser um perigo para o coração. É necessário esperar que o quadro do paciente melhore para que o médico indique ou não atividades físicas.

Hipertensão

O aumento da pressão arterial pode ocorrer em vários níveis e, se não for controlada, pode provocar algumas doenças do coração, como insuficiência cardíaca, arritmias, infarto, entre outras.

Entretanto, vale ressaltar que, se houver um controle efetivo da pressão sanguínea – feita por meio de medicamentos -, a pessoa poderá ter uma vida normal, podendo inclusive praticar atividades físicas.

A pressão arterial é considerada alta quando está acima de 140 x 90 mmHg, o que pode afetar o funcionamento cardíaco. A hipertensão ocorre devido a vários fatores, como aumento de peso, envelhecimento, consumo de sal em excesso, falta de exercício, entre outros. No entanto, ela pode ocorrer devido a fatores preexistentes, como, por exemplo, diabetes ou doenças renais.

Na verdade, a hipertensão é uma doença silenciosa. Seus sintomas são muitas vezes imperceptíveis. Os mais comuns são tontura e dor de cabeça.

O tratamento é feito por um cardiologista, que indicará um medicamento para pressão e, em muitos casos, indica uma atividade física suave, como por exemplo andar com regularidade. Mas é importante salientar que, em muitos casos, se a pressão estiver devidamente regularizada, o paciente pode fazer até atividades mais intensas.

Cardiomiopatia hipertrófica

Trata-se de uma doença cardíaca em que o músculo do coração apresenta uma porção do miocárdio (músculo do coração) hipertrofiada sem nenhuma causa óbvia, criando uma deficiência no funcionamento do músculo cardíaco. Essa doença é a principal causa de morte súbita, relacionada ao exercício físico em indivíduos na faixa dos 30 a 35 anos de idade.

Para esses casos a prática de exercícios não é indicada, sob risco de ocorrer uma parada cardiorespiratória e até mesmo a morte súbita.

No entanto, cada caso é um caso e a doença pode se apresentar em variados níveis. Isso vai depender de uma análise aprofundada do cardiologista responsável que poderá liberar ou não o paciente para realizar um treinamento de baixa intensidade, mas sempre sob supervisão médica e, se possível, com um aparato de equipamentos para ressuscitação, como o Desfibrilador Externo Automático (DEA) disponível por perto.

A propósito, todos os centros esportivos e academias podem – e devem – ter um DEA para casos emergenciais que muitas vezes ocorrem nsses locais.

Como você conferiu neste artigo, o exercício físico pode ser perigoso na existência de algumas doenças cardíacas, mas isso não significa que pessoas com doenças do coração não possam se exercitar em nenhuma hipótese. Em resumo, é necessária uma avaliação aprofundada pelo cardiologista. Ele solicitará exames específicos, para aí sim, liberar ou não a atividade física, mesmo que seja uma simples caminhada.

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