Cientistas ao redor do mundo estão apostando em pesquisas sobre o coração e buscando novas maneiras de ajudar pessoas com problemas cardíacos. Seja para curar doenças ou falhas no seu funcionamento. Ou, seja para evitar a necessidade de transplantes.
O importante é que inúmeras opções estão sendo estudadas para trazer diferentes possibilidades a médicos e pacientes.
Conheça agora algumas das pesquisas mais promissoras pelo mundo e como elas podem ajudar a manter a saúde desse órgão tão vital.
Quando se fala em pesquisa sobre coração, é importante lembrar que estamos lidando com um órgão essencial para a vida que não permite falhas nos procedimentos nele realizados.
Em comparação ao funcionamento de outros órgãos — especialmente aqueles que temos em pares, como pulmão e rins —, o desempenho negativo do coração pode comprometer, de imediato, a sobrevivência de um indivíduo.
Como agravante, ainda temos a enorme fila de pessoas à espera de um transplante. Além de necessitar de um doador totalmente compatível, elas ainda precisam lidar com a possibilidade de rejeição ao órgão após uma cirurgia.
Em busca de solução para essas questões, cientistas e todo o meio médico se empenham no desenvolvimento de pesquisas. Eles buscam novas técnicas cirúrgicas, medicamentos e até materiais alternativos que possam substituir diversas partes desse órgão.
Cientistas do Instituto Politécnico Worcester (WPI), em Massachusetts, nos Estados Unidos descobriram que os sistemas vasculares da folha de espinafre podem ajudar a regenerar o tecido cardíaco. Isso é possível porque os canais presentes na folha de espinafre são feitos de celulose. E, portanto, são biocompatíveis com o organismo humano.
Assim, eles substituíram as células vegetais dessa planta por humanas. Essa troca fez com que uma estrutura vascular crescesse ao redor dela. Com isso, formou-se uma espécie de “pequeno coração”. Dele, foram bombeados fluídos dos canais para mostrar que o sangue humano conseguiria passar por esse novo sistema.
Um dos maiores desafios da construção artificial de tecidos para o corpo está justamente na formação de uma rede vascular. Ou seja, na formação de caminhos para que o sangue possa percorrer e, assim, mantê-lo vivo. Ela precisa ser tão fina e sutil quanto a já existente no organismo. Sem ela, o tecido acaba necrosando e morre.
A ideia dos cientistas autores da pesquisa é que essa inovação atenda pessoas vítimas de ataques cardíacos ou lesões que impeçam a contração muscular natural desse órgão.
A pesquisa se mostra tão promissora que os pesquisadores já estão testando outras estruturas vegetais. O objetivo é aumentar o volume de recurso e a probabilidade de sucesso. Salsa e folha de amendoim são exemplos.
Outra pesquisa sobre coração com foco na regeneração dos tecidos após um ataque cardíaco foi realizada pelos pesquisadores da Escola de Medicina Icahn, no Mount Sinai, nos Estados Unidos.
Foi constatado que as células-tronco derivadas das placentas — conhecidas como Cdx2 — podem ser capazes de regenerar as células do coração após um ataque cardíaco. Assim como o estudo anterior, esse também abre possibilidades para que a técnica seja utilizada até mesmo em outros órgãos do corpo humano.
Essa inovadora pesquisa sobre coração chegou trazendo muita esperança para quem está na fila de espera por um transplante: é o coração impresso em 3D.
Completo e totalmente vascularizado, esse feito foi conquistado por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, de Israel. Segundo eles, outros cientistas já haviam conseguido criar um coração dessa forma anteriormente. No entanto, ele não tinha nem células, nem vasos sanguíneos.
Nessa nova pesquisa sobre coração eles conseguiam reproduzir o órgão de maneira completa. Para a criação de outros tipos de tecido, foram utilizadas células e materiais biológicos do próprio paciente – no caso, um coelho, em substituição às biotintas, que são os materiais normalmente usados nessas impressoras.
A descoberta está em aprimoramento. Mas aguardamos que seja concluída o quanto antes. Afinal, a sua proposta é justamente a redução da espera por um transplante. Esse processo, infelizmente, atualmente muitas vezes leva mais tempo que o paciente consegue aguardar.
Uma técnica já utiliza no Rio Grande do Sul foi alvo de pesquisa sobre coração por especialistas norte-americanos. A TAVI — Implante Transcateter de Valva Aórtica – é utilizada em pacientes com estenose aórtica. Ela consiste na obstrução progressiva da passagem de sangue pelo ventrículo esquerdo devido à calcificação dessa estrutura.
No Brasil, a técnica vem sendo utilizada desde 2008 em pacientes acima de 80 anos. Pois, é menos invasiva e proporciona uma recuperação mais rápida. E esse novo estudo dos EUA aponta que ela pode ser aplicada também em pessoas com 70 anos trazendo uma baixa taxa de mortalidade.
As pesquisas sobre coração não se resumem a métodos invasivos. Estudos e testes que envolvem novos medicamentos também estão sendo realizados em diversos locais do mundo.
Também no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro, um evento denominado Dia do Coração teve como objetivo reunir pessoas vítimas de algum problema cardíaco, tais como infarto, insuficiência cardíaca, entre outras doenças, para testar e descobrir novas soluções e alternativas em medicamentos.
O grupo, que foi selecionado no evento, passará por testes a fim de que seja constatado se estão dentro do perfil necessário para testarem um novo medicamento que tem a proposta de prevenir novos ataques. E, com isso, trazer mais qualidade de vida, segurança e longevidade a esses pacientes.
Durante o processo, eles serão acompanhados por cardiologistas, além de endocrinologistas e nutricionistas. Assim, é possível garantir a saúde de todos e o acompanhamento pontual dos resultados do processo.
Uma pesquisa sobre coração tem como foco encontrar novas soluções e possibilidades para evitar ou curar doenças. Além de encontrar alternativas aos implantes, que são artefatos que causam angústia no paciente e em seus familiares.
Neste post, você conferiu algumas das pesquisas que estão em andamento. E também entendeu o quanto essas podem ser benéficas e promissoras para a saúde de todos. Mas, além de contar com a inovação da medicina, é sempre bom lembrar que nós também podemos cuidar do nosso coração. E o mais importante: prevenir doenças de diversas maneiras. Com bons hábitos e com mais informação, fica mais fácil fazer escolhas corretas.
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