Dormir mal vem sendo uma realidade para muitos brasileiros. Os principais motivos para a perda de qualidade da noite sono é famosa insônia e a apneia obstrutiva do sono (AOS), um problema de saúde com alta prevalência entre os brasileiros, acometendo de 32 a 45% da população, de acordo com um estudo realizado em São Paulo.
Entender os perigos dessa condição para a saúde é fundamental para auxiliar as pessoas a procurarem um tratamento adequado, já que a doença vai muito além do ronco. Continue a leitura para entender mais sobre o assunto!
O que é apneia obstrutiva do sono?
Como você se sentiria se alguém te acordasse 35 vezes durante à noite? É justamente isso que a apneia obstrutiva do sono faz.
Essa condição causa interrupções na entrada de ar para o sistema respiratório, enquanto a pessoa dorme, por causa do relaxamento dos músculos da região oral que acabam bloqueando a garganta.
Por menor que seja esse intervalo em que a passagem de ar é obstruída ou mesmo que a pessoa não tenha consciência desses despertares, ainda assim representa um grande perigo para a saúde, sendo importante buscar uma abordagem terapêutica para tratar a apneia.
3 perigos da apneia obstrutiva do sono para a saúde
Quando não tratada, a apneia do sono causa queda da qualidade de vida e pode provocar o aparecimento ou agravamento de diversas doenças. Conheça os três maiores perigos:
1. Maior chance de desenvolver doenças cardiovasculares
A apneia do sono influencia grandemente no aparecimento ou agravamento de doenças cardiovasculares como:
- Hipertensão: além de perturbar o sistema nervoso autônomo e estimular o aumento da pressão sanguínea, a apneia reduz a eficácia de medicamentos anti-hipertensivos;
- Insuficiência cardíaca: um estudo realizado com 1625 mulheres, em Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos, mostrou que aquelas que apresentavam ronco produziam mais troponina, substância que indica insuficiência cardíaca.
2. Fator de risco para o aparecimento de diabetes tipo 2
A apneia interfere na ação da insulina — hormônio que promove a entrada de açúcar para dentro das células. Estudos realizados por profissionais da Medicina do Sono, na Universidade de Toronto, mostraram que quanto piores as crises de sono maior a quantidade de açúcar circulante na corrente sanguínea (glicemia).
3. Maior incidência de ansiedade e depressão
Cada vez que a garganta é obstruída, o corpo precisa fazer um grande esforço para retomar a entrada de ar, o que leva a pessoa a acordar várias vezes ao longo da noite, mesmo que ela não se lembre disso.
Isso prejudica bastante a qualidade do sono, pois impede que o cérebro atinja fases importantes do descanso, de modo que o indivíduo fica com sono durante o dia, tendo duas vezes mais chances de se envolver em acidentes — conforme foi verificado por um estudo realizado com 635 mil motoristas da Suécia.
Mas mais do que isso, essa condição promove o aumento dos níveis de glutamato — neurotransmissor relacionado com o estresse — no cérebro dos apneicos, podendo resultar em maior incidência de ansiedade e depressão.
Apneia obstrutiva é coisa séria e precisa de tratamento adequado. Confira o artigo sobre o CPAP nasal e conheça a melhor abordagem terapêutica para essa condição!