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Os hospitais e a Nova Economia com a locação de equipamentos hospitalares

Instituições de saúde estão optando cada vez mais em realizar locação do que comprar certos equipamentos médicos.

Muita gente pode até não compreender o que significa o termo Nova Economia, mas certamente já usufruiu desse mercado. E esse modelo de negócio está tão em voga que até mesmo os hospitais estão encontrando meios de se adaptar a ele através da locação de equipamentos hospitalares. Entenda como tudo isso, além de trazer economia, também trabalha pela sustentabilidade.

A Nova Economia também é chamada de economia do compartilhamento, e talvez este nome ajude a entender melhor seu conceito. A lógica é simples e engloba o nosso dia a dia. Quando pensamos, por exemplo, “por que comprar um martelo para usar uma única vez se eu posso tomar emprestado com meu vizinho ou dar uma chave de fenda em troca?”, é uma análise de quem respira o princípio da Nova Economia.

Esse raciocínio também serve para os aplicativos de carona ou de aluguel de casa, para os bancos digitais que oferecem créditos mais acessíveis e com menores taxas em relação aos bancos convencionais ou para os sites que vendem coisas usadas, como roupas, artigos de casa ou… ferramentas!

Hospitais na Nova Economia

No caso dos hospitais, a lógica é a mesma. Muitos gestores de locais de saúde, tanto públicos quanto privados, vêm descobrindo que é melhor recorrer à locação de equipamentos hospitalares  do que comprar em definitivo.

É o que aponta o relatório desenvolvido pela Market Reports World, especializada em análises de mercado de escala global.  Segundo a pesquisa, o mercado de locação de equipamentos médicos cresceu em 20 países após a pandemia, e essa tendência vai se manter pelo menos para os próximos 5 anos.

Dentre os países observados estão o Brasil, os Estados Unidos, o Canadá, as principais economias europeias e asiáticas e alguns vizinhos da América do Sul, como Argentina e Chile.

Vale a pena alugar os equipamentos hospitalares?

Alugar os equipamentos hospitalares é uma opção de excelente retorno para todos, e essa mudança de chave representa uma ruptura num modelo de gestão hospitalar que vem de décadas. Antes, os custos com a compra de equipamentos hospitalares novos representavam uma considerável fatia das despesas dos hospitais. E isso os obrigava a elevar o preço das consultas e dos procedimentos. Ou seja, tinha impacto também no bolso do paciente.

Além disso, esses gastos eram constantes, porque as inovações tecnológicas obrigavam essas instituições a substituir os aparelhos de tempos em tempos para acompanhar os avanços científicos e tecnológicos dos tratamentos oferecidos. Ou seja, o hospital vivia um círculo incessante de compra e venda, ou descarte de equipamentos.

A substituição da compra pela locação de equipamentos hospitalares, além de reduzir os custos operacionais, também resolve o problema da sazonalidade de algumas demandas, algo comum no universo hospitalar.

Locação de Equipamentos hospitalares na pandemia

Um exemplo disso aconteceu no início da pandemia do coronavírus. O rápido crescimento do número de infectados obrigou os hospitais a se equiparem rapidamente com ventiladores pulmonares, monitores de sinais vitais, bombas de infusão e cardioversores para dar conta de toda a demanda.

Se a aquisição desses equipamentos na pandemia obedecesse à velha lógica da compra, enfrentaria toda a burocracia que esse tipo de negociação envolve, e ainda sob o risco de não conseguir a quantidade necessária de aparelhos devido à dificuldade de entrega pelos fabricantes diante da alta demanda.

Esta é mais uma vantagem da locação de equipamentos. A entrega do equipamento costuma ser mais rápida e o serviço de assistência técnica – outro problema enfrentado pelos hospitais – já está incluso no serviço, evitando custos adicionais e nem sempre previstos pela administração hospitalar.

Não são apenas os hospitais

O aluguel dos equipamentos hospitalares não fica restrito somente aos hospitais. Há também o exemplo de um equipamento extra-hospitalar que merece uma atenção especial de empresas e locais de grande fluxo de pessoas, como os shoppings centers, e ainda condomínios residenciais e comerciais.

É o caso do desfibrilador externo automático (DEA), cuja presença pode significar a salvação de uma pessoa que passa por uma parada cardiorrespiratória.

De acordo com o Cardiômetro, um indicador do número de mortes por doenças cardiovasculares no Brasil, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), hoje são mais de 1.100 mortes por dia – cerca de uma morte a cada 90 segundos.

Grande parte dessas mortes poderiam ser evitadas se houvesse DEA no local onde elas são acometidas. O aluguel do desfibrilador, que tem um valor acessível, representa um custo ínfimo para a comunidade onde ele pode atuar. As soluções para um problema sanitário considerado grave, portanto, estão à nossa porta. Basta apenas a consciência da sociedade diante dos riscos.

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