O coração humano, em condições normais, bombeia o sangue em ritmo estável. O movimento é possível graças a estímulos elétricos, que viajam pelos nervos cardíacos e também tecidos do órgão. Quando há alteração, ocorrem os fenômenos de fibrilação. E, nesses casos, é que entra em ação o desfibrilador, cuja principal função é desfibrilar.
O aparelho é capaz de gerar energia elétrica em uma tensão regulável. Ou seja, ele oferece estímulo ao coração. Em casos de parada cardíaca, o desfibrilador é uma ferramenta indispensável para evitar o óbito do paciente. Outras condições, como arritmias, fibrilação atrial ou ventricular e taquicardia, também são tratadas com o equipamento.
Ele pode ser encontrado em diferentes modelos e, especialmente, em hospitais e ambientes para atendimento emergencial. Os exemplares mais comuns são os desfibriladores externos manuais e os externos automáticos ou DEA.
No modelo tradicional de desfibrilador, as duas placas condutoras são posicionadas sobre o tórax do paciente. Deste modo, a corrente pode chegar até o músculo cardíaco.
Neste post, entenderemos um pouco mais sobre o assunto. Confira!
Desfibrilador externo, manual e automático: qual a função?
O modelo manual costuma ser encontrado nas unidades de tratamento intensivo, salas de cirurgia e outros locais-chave do ambiente hospitalar. Por isso, é voltado para manuseio exclusivo de médicos. Pois, são responsáveis por definir a carga elétrica que será aplicada no paciente. Como a sua função está atrelada às ocorrências cardíacas, ele é acomodado junto aos carrinhos de emergência.
Já os DEAs têm função de servir como instrumento geral de primeiros-socorros, podendo ser manipulados por leigos. Portanto, na ausência de um médico para verificar o ritmo cardíaco do paciente, o próprio equipamento será capaz de fazer a medição. Portanto, a carga adequada a ser descarregada para restabelecer a normalidade cardíaca é definida de modo automatizado e simples.
É obrigatório por lei que os desfibriladores estejam presentes onde houver grande circulação de pessoas — mais de 1000 por dia.
Quando há necessidade de desfibrilação?
A despeito do modelo utilizado, o fato é que um desfibrilador pode ser a diferença entre vida e morte. Estima-se que, pelo menos, 86% dos casos de parada cardíaca acontecem em ambiente domiciliar e 14% em vias públicas movimentadas. A função do equipamento é fornecer atendimento rápido aos pacientes para que os batimentos do coração sejam prontamente restabelecidos. Fique por dentro dos tipos de desfibrilador.
O socorro deve acontecer nos primeiros minutos da ocorrência — um prazo superior a 4 minutos aumenta os riscos de morte. No Brasil, pelo menos 300 mil pessoas morrem simplesmente por não possuírem um desfibrilador por perto quando ocorrem as disfunções.
É importante lembrar que a morte súbita pode atingir indivíduos de diferentes idades e hábitos. Logo, possuir, por exemplo, um DEA por perto é uma medida de segurança que ajuda a evitar fatalidades.
Conhecendo a função de um desfibrilador, fica claro que ele pode ser útil em muitas circunstâncias. Para hospitais, residências, empresas e locais movimentados, há sempre um contexto no qual ele pode salvaguardar a vida humana, já que agora sabemos que o rápido atendimento é um dos fatores cruciais de sobrevida e que o Desfibrilador Automático Externo (DEA) é de extrema importância por ser de operação acessível até mesmo para leigos.