Saber como comprar o eletrocardiógrafo certo desempenha um papel crucial na condução de um exame de eletrocardiograma, uma tarefa que vai além da habilidade do profissional técnico encarregado do exame.
E com diversos modelos e marcas disponíveis no mercado, muitos profissionais de saúde podem se encontrar em um dilema na hora de selecionar o aparelho que melhor se adequa às suas necessidades.
Reforçamos que a decisão adequada é essencial para evitar complicações futuras e garantir resultados de avaliação de alta qualidade.
Portanto, neste artigo, auxiliamos você a como comprar um eletrocardiógrafo, abordando os critérios técnicos a serem considerados ao adquirir o equipamento.
Assim, ajudamos a assegurar que hospitais e clínicas possam oferecer exames médicos de excelência.
Então, vem com a gente e descubra a seguir como comprar um eletrocardiógrafo e esclareça todas as suas dúvidas sobre esse equipamento crucial!
O que é e como funciona o eletrocardiógrafo?
O eletrocardiógrafo é um aparelho utilizado na realização do eletrocardiograma, também conhecido como ECG, exame que mede as oscilações elétricas resultantes da atividade do músculo cardíaco.
A partir disso, os médicos podem identificar qualquer doença relacionada ao sistema cardiovascular.
Justamente por isso que o eletrocardiógrafo é comumente empregado em pacientes que tenham sofrido danos cardíacos, estejam sob risco de doença cardíaca ou manifestem sintomas potencialmente relacionados a uma variedade de problemas cardíacos.
Afinal, como falamos, esse aparelho realiza o eletrocardiograma, que registra a corrente elétrica gerada pelo músculo cardíaco durante as contrações cardíacas.
E essa monitorização é registrada para fornecer informações detalhadas sobre a saúde e o desempenho do coração.
A descoberta de que era possível registrar essa atividade se deu há mais de cem anos, quando o médico e pesquisador alemão Emil du Bois-Reymond percebeu que podia capturar a eletricidade do nosso corpo.
Tais observações serviram de base para a criação de um aparelho capaz de medir essa eletricidade, inicialmente adaptado do galvanômetro, que era utilizado por eletricistas na medição das diferenças de potencial de casas ou carros, como descreve o cardiologista Dr. José Aldair Morsch.
O eletrocardiógrafo, cuja criação é atribuída ao estudante de medicina holandês Willem Einthoven, utiliza um dispositivo conhecido como galvanômetro de corda.
Sua função é registrar as tensões cardíacas do paciente, de modo mais fiel graças às cinco deflexões mostradas no laudo médico em forma de traçados, as quais são identificadas pelas letras P, Q, R, S e T, usadas até hoje.
Atualmente, após longos anos de aperfeiçoamento, temos um equipamento moderno, compacto e digital que registra os batimentos cardíacos em gráficos de linha contínua, os quais permitem mensurar a intensidade da atividade elétrica.
Para realizar o exame mede-se o potencial elétrico em 12 pontos distintos do corpo, sendo que cada um deles registra a situação de determinada área cardíaca.
Como comprar um eletrocardiógrafo: o que considerar na escolha?
O primeiro ponto, e também o mais básico, sobre como comprar um eletrocardiógrafo é que o equipamento deve ter registro junto à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Nesse sentido, deve contar com proteção de desfibrilador, no qual resguarda o aparelho e o paciente em caso de paradas cardíacas, e ventosas com seis eletrodos.
Após observar isto, deve-se identificar outros aspectos ao definir como comprar um eletrocardiógrafo ideal, aspectos que justifiquem a compra do aparelho.
Um deles é o fato de existirem equipamentos analógicos, que registram a atividade cardíaca no papel, e digitais, os quais permitem a visualização dos resultados diretamente na tela do computador.
Nesse caso, recomenda-se optar por este último, por se tratar de um modelo mais moderno, prático e que oferece mais recursos ao profissional.
Em relação às características técnicas, abaixo citamos quatro como as principais a serem observadas na hora da compra. Confira!
1. Tamanho
Aparelhos compactos sem dúvida são mais fáceis de manusear na hora de realizar o exame. Além disso, eletrocardiógrafos menores podem ser guardados em qualquer local – desde que seguro -, e não ocupam muito espaço.
2. Conectividade
Hoje, a maioria das atividades médicas já é realizada no computador. Por isso, uma característica importante que o eletrocardiógrafo deve ter é a conexão USB, a qual permite não apenas transmitir os dados, como também carregar o aparelho em um notebook, permitindo a sua utilização em locais sem energia elétrica.
3. Portabilidade
Um eletrocardiógrafo portátil permite que os profissionais desloquem o aparelho com muito mais facilidade. Com isso, torna-se possível, por exemplo, realizar o exame em qualquer sala do hospital, sem a necessidade de mover o paciente, bem como levar o equipamento para empresas que requisitem exames ocupacionais.
4. Usabilidade
Por último, o eletrocardiógrafo ideal deve contar com um software de fácil usabilidade e manuseio, objetivo, com recursos suficientes para a realização do exame e que garanta rapidez ao processo.
5. Durabilidade
Quando falamos sobre como comprar um eletrocardiógrafo, é crucial considerar sua durabilidade, pois isso afeta diretamente a longevidade do equipamento e seu custo-benefício.
Portanto, optar por um modelo robusto e resistente ajuda a garantir que o aparelho continue funcionando de forma eficaz por muitos anos, reduzindo a necessidade de manutenção frequente e substituições dispendiosas.
6. Confiabilidade
A confiabilidade do eletrocardiógrafo é essencial para garantir resultados precisos e consistentes nos exames cardíacos.
Logo, certificar-se de que o equipamento possui um histórico sólido de desempenho confiável é fundamental.
E isso envolve a escolha de uma marca respeitada e a verificação de feedback de outros profissionais de saúde que utilizaram o mesmo modelo.
7. Desempenho
Por fim, ao falarmos sobre como comprar um eletrocardiógrafo, seu desempenho do é um fator crítico na obtenção de diagnósticos precisos.
Então, analise as especificações técnicas, como a taxa de amostragem, a resolução e a capacidade de detecção de arritmias, para garantir que o aparelho atenda às necessidades de diagnóstico da sua clínica ou hospital.
Um desempenho de alta qualidade contribui para a obtenção de dados confiáveis e resultados médicos precisos.
Como identificar um eletrocardiógrafo desqualificado?
A resposta para essa questão está diretamente relacionada à situação em que o eletrocardiógrafo será utilizado.
Portanto, além de verificar os aspectos mencionados anteriormente, você deve avaliar a necessidade da sua clínica ou hospital.
Para quem possui um escritório particular, por exemplo, o eletrocardiógrafo analógico, ainda disponível no mercado, pode até ser uma boa opção para atender as necessidades do médico.
Contudo, o profissional deve avaliar dois pontos deste tipo de aparelho: a compra do papel quadriculado específico e o fato de que os registros se apagam após cinco anos.
Já o modelo digital apresenta vários benefícios, especialmente para hospitais, clínicas e estabelecimentos que realizam exames ocupacionais.
São eles:
- portabilidade;
- envio de arquivos pela internet;
- laudos médicos mais rápidos;
- armazenamento seguro dos dados na nuvem;
- interpretação dos exames em alguns minutos.
Assim, embora o aparelho analógico possa ser útil em escritórios particulares, o ideal é optar por um eletrocardiógrafo digital, de preferência que não requeira rede elétrica.
Além disso, podem ser considerados equipamentos desqualificados os que não são portáteis, com software complexo e de alto custo, já que é possível encontrar modelos mais baratos e que cumprem a mesma função.
Como comprar eletrocardiógrafo: principais modelos disponíveis no mercado brasileiro
Apresentamos abaixo os principais modelos de eletrocardiógrafo disponíveis no mercado brasileiro: o analógico, digital e com laudo.
Analógico
O eletrocardiógrafo analógico é um equipamento médico clássico usado para registrar traçados eletrocardiográficos em papel.
Ou seja, o aparelho utiliza papel em tiras para a impressão dos resultados, cuja leitura é feita da esquerda para a direita pelo cardiologista.
Mas a sua utilização tem diminuído em favor dos modelos digitais, devido à sua menor praticidade e capacidade de armazenamento limitada.
Entretanto, apesar de ser um modelo antigo, o eletrocardiógrafo analógico ainda é vendido no Brasil.
Eletrocardiógrafo digital
O eletrocardiógrafo digital é uma avançada tecnologia médica que registra as atividades elétricas do coração de forma eletrônica e a exibe em um monitor ou a armazena digitalmente.
Esses dispositivos oferecem maior precisão, facilidade de compartilhamento de dados e armazenamento em formato digital, permitindo uma análise mais eficiente e a capacidade de rastrear o histórico do paciente ao longo do tempo.
Sua versatilidade e recursos avançados o tornam a escolha perfeita quando falamos de como comprar um eletrocardiógrafo.
Isso porque o eletrocardiógrafo digital é o modelo mais avançado do aparelho, cuja evolução se deu junto com o advento do computador.
No mais, a sua conexão com cabo USB e micro-USB traz mais agilidade, nitidez e qualidade aos exames.
Com laudo
O eletrocardiógrafo com laudo conta com um software especial que, ao imprimir o eletrocardiograma do paciente, seja em tira ou em folha quadriculada, apresenta um pré-laudo.
Ao final do relatório, o aparelho sugere que um cardiologista revise os resultados obtidos.
Ao falarmos sobre como comprar um eletrocardiógrafo, vale destacar que essa opção com laudo agiliza o processo médico, fornecendo análises rápidas e precisas dos resultados.
Isso é especialmente útil em situações de emergência e na prática clínica diária.
No mais, essa integração de laudo também auxilia na padronização e no arquivamento eficiente dos resultados dos pacientes.
Conclusão
Em resumo, saber como comprar um eletrocardiógrafo é uma decisão fundamental para profissionais de saúde, pois influencia diretamente na qualidade dos exames cardíacos e diagnósticos.
E com a variedade de modelos e recursos disponíveis no mercado, é essencial considerar critérios técnicos como tamanho, conectividade, portabilidade, usabilidade, durabilidade, confiabilidade e desempenho ao adquirir o equipamento.