Quando o assunto são as arritmias cardíacas e suas possíveis consequências (como a grave parada cardiorrespiratória), é essencial que um certo equipamento médico entre em cena: estamos, é claro, falando do desfibrilador.
A depender de suas funcionalidades e da complexidade de sua operação, o aparelho pode se apresentar em diferentes modelos. Sendo classificados como “interno” ou “externo”. Em alguns casos, apenas um profissional da saúde é autorizado a manejá-lo. Em outros, ele possui configuração mais básica e uso simples, podendo ser utilizado por pessoas leigas treinadas.
Para entender a diferença entre desfibrilador interno e externo e saber mais sobre esses dispositivos tão importantes para a preservação e o salvamento de vidas, prossiga a leitura e aumente seus conhecimentos sobre o tema!
Desfibrilador: o que é?
Antes de adentrarmos o assunto dos tipos de desfibrilador, é importante realizar uma breve recapitulação do conceito e da história do equipamento. Você saberia explicar o que é? Retratado com frequência no cinema e nas séries de televisão, o dispositivo acabou se integrando ao imaginário popular. Infelizmente, muitas vezes gerando crenças equivocadas.
O desfibrilador é um aparelho que tem como função emitir uma carga de energia elétrica ao coração. É indicado tanto para tratar as fibrilações ou arritmias cardíacas (alterações elétricas que causam modificações no ritmo dos batimentos cardíacos) quanto para tentar reverter uma parada cardíaca, nos casos mais graves.
As arritmias podem ser de vários tipos: a braquicardia, quando as batidas são muito lentas; e taquicardia, quando são demasiado rápidas. Se não diagnosticadas, podem evoluir para a referida parada cardíaca e para sua pior consequência, a morte súbita.
Desfibrilador para arritmias
Vale ressaltar que algumas das arritmias representam maior gravidade ao paciente que outras. É o caso da fibrilação ventricular (FV), que tem origem nos ventrículos do coração e provoca um ritmo rápido, desorganizado e errático que acarreta um sério risco de vida.
É uma arritmia que demanda imediata ressuscitação cardiopulmonar e desfibrilação. A partir daí, é possível constatar a grande importância de um aparelho como o desfibrilador. Fundamental para emergências cardíacas, ele pode salvar muitas vidas e reverter o quadro de morte súbita se utilizado rapidamente. Poucas tentativas de ressuscitação, inclusive, são bem-sucedidas após 10 minutos. Depois de apenas 3 minutos, o cérebro já começa a sofrer danos.
Com o conceito de desfibrilador fresco na mente, fica fácil constatar que desfibrilar subtende “reverter a fibrilação”, certo? O equipamento faz com que o batimento cardíaco volte ao seu ritmo normal através de choque elétrico. Se liberada em tempo hábil, esta carga elétrica evita eventuais danos cerebrais e cardíacos.
Qual a diferença entre o desfibrilador interno e o externo?
Certo, já sabemos bem o que é um desfibrilador. E a diferença entre aquele que é interno e o externo, como fica? Esses aparelhos, a depender do tipo de arritmia cardíaca a ser tratada e das necessidades específicas do quadro do paciente, podem vir em diferentes formas.
A situação é emergencial? O paciente se encontra na mesa de cirurgia, na ambulância ou fora de ambiente médico? Ele precisará de uma desfibrilação constante ao longo de toda a sua vida? Todas estas questões influem na escolha do tipo de desfibrilador ideal.
Vamos lá: a diferença mais básica e central é que, enquanto o desfibrilador externo libera a corrente elétrica na parede torácica do paciente (os tecidos de revestimento e músculos do tórax), o interno descarrega o choque elétrico internamente, nas próprias fibras musculares do coração. Confira mais informações:
Desfibrilador Externo
Portátil, este equipamento geralmente fica disposto em carrinhos que reúnem aparelhos para emergências cardíacas. Conta com duas pás ou adesivos que são posicionados no tórax do paciente para o choque.
Se manual, este desfibrilador deve ser manejado apenas por profissional de saúde habilitado, o nível da carga elétrica e o momento do choque devem ser regulados. Se automático, apresenta configuração bem mais simples e pode ser operado por leigos.
Desfibrilador Interno
Também conhecido como cardiodesfibrilador implantável (CDI), é implantado diretamente na caixa torácica do paciente, internamente, através de cirurgia. Ele consiste a um micro desfibrilador acoplado a um marcapasso, que identifica a arritmia no momento em que a mesma acontece e libera um impulso elétrico para revertê-la ao ritmo normal. O aparelho possui vida útil média de 5 a 6 anos, já que perde energia a cada choque.
Quando cada um deles é indicado?
Como destacamos anteriormente, são as necessidades, o diagnóstico e as circunstâncias do atendimento a cada paciente que irão indicar qual é o desfibrilador mais adequado a cada caso.
Em linhas gerais, o equipamento externo é de cunho mais emergencial. Por isso, utilizado quando a vítima teve uma parada cardíaca, a ocorrência de uma grave fibrilação ou mesmo uma morte súbita. O médico ou pessoa leiga treinada posiciona as pás ou adesivos no tórax do paciente e aplica rapidamente o choque elétrico. Desta forma, busca reverter o quadro de emergência cardíaca, salvando ou preservando uma vida.
O desfibrilador interno, por sua vez, é instalado em procedimento cirúrgico por recomendação médica. As pessoas que se submetem a esta cirurgia são aquelas que apresentam um alto risco de sofrerem parada cardíaca e, em consequência, morte súbita.
Em geral, o desfibrilador implantável é prescrito por um cardiologista depois da avaliação do histórico clínico do indivíduo e da gravidade da sua condição cardíaca. Assim como acontece com o marcapasso, o CDI pode sofrer interferências de equipamentos eletrônicos. Na ocorrência de algum mal-estar, é recomendado que a pessoa interrompa suas atividades e se afaste desses produtos.
Outros tipos de desfibrilador
“Interno” e “externo” não são as únicas modalidades possíveis de desfibrilador. Você sabia que existiam outras classificações deste equipamento a depender de sua função? O próprio desfibrilador externo pode ser encontrado de dois modos: no externo automático (DEA) e no formato manual. Conheça as demais variedades:
Desfibrilador manual
Só pode ser operado por médicos e enfermeiros treinados. A partir da fibrilação cardíaca identificada pelo aparelho, o operador deve fazer sua análise do quadro do paciente. E, posteriormente, decidirá qual a carga elétrica ou a intensidade do choque a ser aplicado. Portanto, a utilização do equipamento demanda conhecimento médico específico para seu manuseio.
DEA (Desfibrilador Externo Automático)
Com o advento do DEA ou desfibrilador externo automático, uma importante transformação ocorreu: qualquer pessoa treinada passou a poder preservar ou salvar uma vida através da desfibrilação.
Os DEAs já contam com uma versatilidade muito maior em relação ao modelo manual, sendo automáticos, seguros e autoexplicativos. O próprio aparelho define a carga a ser aplicada no paciente, tudo que o operador precisa fazer é apertar o botão de tratamento.
A presença do dispositivo é recomendada para locais com grande circulação ou aglomeração de pessoas. Exemplos: academias de ginástica, instituições de ensino, condomínios, estádios e ginásios, parques, hotéis, instituições públicas e privadas, dentre outros.
É relevante mencionar que alguns estados e municípios brasileiros já aprovaram leis que regulam o uso do item em parte destes ambientes. E um projeto de lei está aguardando aprovação para âmbito nacional.
Cardioversor
Os cardioversores estão presentes em hospitais, ambulâncias, UTIs e unidades de pronto atendimento. O aparelho possui a base de um desfibrilador. E, incorporada a ele, uma tela que transmite informações de ECG (eletrocardiograma) ao operador, podendo apresentar diversas outras funções opcionais que auxiliam no atendimento ao paciente.
O cardioversor da CMOS DRAKE, por exemplo, possui opcionais como: oximetria de pulso, marcapasso externo, pressão não invasiva e capnografia, entre outros.
Fundamentais para a prática médica e para prevenir e reverter o agravamento de problemas cardíacos (e até mesmo a morte), os desfibriladores continuam a evoluir ao longo do tempo, apresentando-se em configurações cada vez mais sofisticadas.
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