A desfibrilação consiste na aplicação de uma corrente elétrica na pessoa, com o intuito de reverter um quadro de fibrilação. Ou seja, de reverter o descontrole no ritmo dos batimentos cardíacos. Pode ocorrer nos átrios ou nos ventrículos (nesse caso, pode ser fatal). E é perigosa porque compromete a distribuição de oxigênio e nutrientes para todo o organismo. Neste post, veremos os tipos de desfibrilação existentes — que, na verdade, estão relacionados aos modelos de desfibriladores. Confira!
Tipos de desfibrilação
Desfibrilação com Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI)
Esse é um tipo de desfibrilação que não tem aquele aspecto emergencial normalmente visto em hospitais de filmes e seriados. É indicado para pacientes que já têm problema de arritmia cardíaca diagnosticada.
Nesse caso, o chamado cardiodesfibrilador é acoplado junto com o marca-passo, que é colocado sob a pele do paciente. Quando a pessoa tiver uma crise de arritmia, esse aparelho consegue identificar precocemente. E, assim, emitir um impulso para que o marca-passo possa corrigir.
Esse equipamento pode durar cerca de até seis anos, depois disso precisa ser substituído, já que a vida útil de sua bateria é limitada.
É um aparelho muito pequeno, cerca de 70 gramas, portanto, não causa nenhum desconforto ao paciente. Além de monitorar o ritmo cardíaco, ele também pode ser interligado a um computador, para que o médico cardiologista possa acompanhar todas as informações contidas no CDI e, assim, oferecer um tratamento mais eficiente.
Desfibrilação com Desfibrilador Externo Automático (DEA)
Essa sim é a desfibrilação emergencial, realizada quando a fibrilação acomete os ventrículos, câmaras inferiores do coração, sendo a mais perigosa. O aparelho é formado por duas placas, que quando entram em contato com o tórax do paciente, identificam se a corrente elétrica é ou não necessária. Em caso positivo, o choque é dado automaticamente.
Nesse modelo, a carga de energia à qual o paciente é exposto é menor, mas isso não interfere na eficiência do procedimento. Na verdade, o torna mais benéfico, por ser menos agressivo para o indivíduo.
Essa desfibrilação pode ser realizada não apenas por médicos, mas até por pessoas leigas, desde que sejam treinadas para tal.
Desfibrilação com desfibrilador Wearable
É uma forma de desfibrilação especificamente pensada para quem corre o risco de sofrer uma parada cardíaca súbita, que pode ser letal. O aparelho se assemelha a um colete, que é colocado por baixo da roupa do paciente que pertence a um grupo de risco.
Normalmente, é realizada em pessoas que estão esperando para colocar o CDI, ou seja, elas já sofrem de arritmia cardíaca e precisam de um equipamento para evitar uma possível parada.
Por ser maior e, consequentemente, mais desconfortável, esse tipo tem uso por tempo limitado.
Conclusão
Os diferentes tipos de desfibrilação existem para atender e proteger a vida de pacientes cardíacos com diversos níveis de risco. Todos são igualmente adequados, desde que sejam usados aparelhos de qualidade e com uma avaliação médica correta.