Guia completo do carrinho de emergência: de normas a padronização

O uso de carrinho de emergência é essencial para a eficiência e a rapidez no atendimento médico, principalmente em UTIs, centros cirúrgicos e pronto socorro.

Isso porque nestes lugares a vida dos pacientes muitas vezes depende de ações imediatas e precisas, algo que este equipamento consegue entregar.

Afinal, eles são projetados para organizar e disponibilizar de forma ágil e eficaz os equipamentos e suprimentos essenciais para lidar com as situações críticas que podem surgir a qualquer momento.

Entenda mais sobre sua função, organização e outras características ao longo deste texto.

O que é um carrinho de emergência?

Um carrinho de emergência é um equipamento hospitalar que consiste em um armário com gavetas projetadas para acomodar materiais, medicamentos, fármacos e equipamentos cruciais para o atendimento médico em situações de urgência.

Ele é especialmente importante em casos de reanimação cardiorrespiratória e outros cenários críticos. 

Isso porque sua mobilidade e organização facilitam o acesso rápido e eficaz aos recursos necessários para o tratamento imediato dos pacientes.

Deste modo, o carrinho de emergência, ou carro de parada, como também é chamado, é uma peça fundamental nos setores de observação intensiva de hospitais, como emergência, UTI, pronto socorro e centro cirúrgico. 

Objetivos do carrinho de emergência

Os objetivos dos carrinhos de emergência são:

• garantir a padronização dos medicamentos, materiais e equipamentos contidos;
• estabelecer rotinas padronizadas para organização, checagem, testagem e limpeza de seus componentes acessórios;
• clarificar as responsabilidades de quem utiliza e mantém os carrinhos de emergência;
• facilitar o acesso rápido aos recursos necessários para fornecer assistência eficiente e de alta qualidade aos pacientes em situações de emergência;
• garantir a uniformidade na configuração e conteúdo de um carrinho de emergência para maior eficácia e consistência no atendimento.

Carrinho de emergência: normas e responsabilidades

Abaixo, listamos as principais normas e responsabilidades de cada profissional que lida com o carrinho de emergência, de acordo com documento do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

Médicos

• Registrar no Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU) os medicamentos utilizados durante o atendimento, a fim de solicitar a reposição nos carrinhos de emergência.

Enfermeiros

• Organizar e manter os carrinhos de emergência e seus componentes acessórios em ordem.
• Estabelecer uma escala de limpeza para os carrinhos de emergência e seus componentes.
• Supervisionar o cumprimento das atividades pelos técnicos/auxiliares de enfermagem, conforme a escala.
• Realizar testes funcionais do laringoscópio e do desfibrilador.
• Verificar os lacres dos carrinhos de emergência, incluindo medicamentos e materiais, diariamente.
• Listar, quantificar e repor medicamentos e materiais utilizados ou vencidos nos carrinhos de emergência.
• Realizar controle periódico dos materiais do carrinho quanto à presença, quantidade e validade.

Técnicos e auxiliares de enfermagem

• Efetuar a limpeza do desfibrilador (incluindo monitor, cabos e acessórios) e dos carrinhos de emergência, seguindo a escala de serviço e/ou após cada atendimento de emergência.
• Colaborar com o enfermeiro na organização dos carrinhos de emergência.

Farmacêuticos e técnicos em farmácia

• Fornecer os medicamentos padronizados para reabastecer os carrinhos de emergência, seguindo prescrição médica ou solicitação eletrônica autorizada pelo enfermeiro, com carimbo e assinatura.
• Realizar verificações regulares nos medicamentos dos carrinhos de emergência, assegurando a sua disponibilidade, quantidade, integridade física e data de validade.

Outras equipes

No caso do Escriturário/Recepcionista Hospitalar:

• Obter os medicamentos necessários para atendimentos de emergência na Unidade de Farmácia.

No caso do responsável Técnico/Chefe de Unidade:

• Monitorar a conformidade com o protocolo estabelecido.
• Propor educação continuada em caso de identificação de fatores contribuintes para erros ou eventos adversos.

Como é a padronização do carrinho de emergência?

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estabelece a padronização dos Carrinhos de Emergência (CE) com base em dois critérios fundamentais: 

• a idade da vítima (adulto e/ou infantil);
• o local do evento (que pode ocorrer em diversas unidades hospitalares, como Unidade de internação, pronto socorro, UTI, CC, unidade ambulatorial e hemodinâmica).

Deste modo, a organização dos carrinhos de emergência deve obedecer ao único protocolo internacionalmente aceito para essa finalidade. 

Esse protocolo divide o carrinho nas seguintes prioridades essenciais: 

• avaliação diagnóstica;
• controle das vias aéreas para acesso vascular;
• controle circulatório de medicamentos para emergências.

Cada prioridade é subdividida em três níveis:

• Nível 1: Itens essenciais, de disponibilidade imediata;
• Nível 2: Itens altamente recomendados, a serem disponibilizados em no máximo 15 minutos;
• Nível 3: Itens recomendados, mas opcionais.

No contexto da prioridade de avaliação diagnóstica, os itens considerados do nível 1 incluem: 

• monitor/desfibrilador com marcapasso externo;
• monitorização nas pás;
• pelo menos três derivações e onda bifásica;
• material de proteção (luvas, máscaras e óculos);
• oxímetro de pulso;
• eletrodos;
• gel condutor.

Os itens do nível 2 englobam o dextro, enquanto os do nível 3 contemplam o gerador de marcapasso.

Já a quantidade e a variedade de equipamentos e substâncias a serem incluídos nos carrinhos de emergência devem ser determinadas com base nas necessidades e na demanda específicas de cada Centro Médico.

Organização do carrinho de emergência

Abaixo, confira como deve ser feita a organização dos carrinhos de emergência com base nos números de gavetas. 

Carrinho de parada: gavetas

Primeira gaveta

Contém os equipamentos mais frequentemente utilizados. 

Todos os medicamentos são organizados, de preferência em ordem alfabética, junto com seus diluentes.

Segunda gaveta

Reservada para materiais de punção e sondas. 

Aqui, você encontrará os materiais necessários para um entubamento emergencial, como equipamentos para punção venosa, venóclise, e outros dispositivos relevantes.

Terceira gaveta

Destinada a materiais de intubação, essa gaveta contém agulhas e equipos necessários para acesso venoso, materiais para sondagem e aspiração de secreções. 

Alguns hospitais também optam por manter kits prontos para atendimento sem intercorrências, como o Kit Noradrenalina, Kit Nipride e outros.

Quarta gaveta

Nesta gaveta, são armazenados soros fisiológicos, glicosados e todos os tipos de soro necessários para situações de emergência.

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Ou seja, é uma ferramenta valiosa para o cuidado cardíaco!

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Conclusão

Como você viu, um carrinho de emergência desempenha um papel vital em ambientes hospitalares de observação intensiva, assegurando a prontidão e eficácia do atendimento médico em situações críticas. 

A padronização, organização e manutenção adequada desses carrinhos são fundamentais para garantir assistência de alta qualidade aos pacientes. 

Além disso, a disponibilidade de equipamentos como o Cardioversor VIVO da CMOS DRAKE amplia ainda mais a capacidade de intervenção e monitorização.

Ou seja, ele contribui para um cuidado cardíaco excepcional. 

Portanto, investir em recursos e procedimentos bem definidos é essencial para salvar vidas e promover resultados positivos em momentos cruciais de atendimento médico.

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Leia também: Por que o cardioversor é a opção mais completa para clínicas, hospitais e UTI’s móveis.