Atualizações das diretrizes de RCP: descubra o que diz a última versão

treinamento de RCP|passos a seguir em casos de para cardiorrespiratório

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O conjunto de manobras que visa garantir o fornecimento de oxigênio por meio da circulação sanguínea a pessoas que estão em PCR, parada cardiorrespiratória, é atualizado de tempos em tempos a fim de assegurar a sua eficácia. 

Neste artigo, vamos trazer as mudanças mais recentes do protocolo para que você saiba exatamente como agir nesses casos.

Quais foram as atualizações das diretrizes de RCP?

As atualizações das diretrizes de RCP ocorrem a cada 5 anos. Para isso, o International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR), responsável pelo protocolo, reúne representantes de diferentes órgãos, sendo eles:

  • American Heart Association (AHA); 
  • Australian and New Zealand Committee on Resuscitation (ANZCOR); 
  • Heart and Stroke Foundation of Canada (Heart & Stroke); 
  • Resuscitation Council of Southern Africa; 
  • Resuscitation Council of Asia (RCA); 
  • InterAmerican Heart Foundation e European Resuscitation Council (ERC).

Na ocasião, são discutidas e analisadas questões sobre a Ressuscitação Cardiopulmonar e o Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE), com o objetivo de definir novos consensos e diretrizes que garantam a eficácia do procedimento.

A última versão das atualizações das diretrizes de RCP é de 2019, e direcionada para o atendimento de Suporte Básico de Vida (SBV ou BLS) tanto de adultos quanto de crianças, em diferentes ocasiões, incluindo a prestação dos primeiros socorros realizado por leigos e profissionais.

Veja abaixo as novas orientações que podem lhe ajudar a salvar a vida de uma pessoa em parada cardiorrespiratória.

Conheça o DEA

 

Sequência do protocolo de atendimento a uma PCR

O protocolo utilizado para a realização da RCP deve seguir uma sequência lógica e fundamentada. Para isso, deve-se respeitar a chamada “cadeia de elos de sobrevivência”, que são:

  • vigilância e prevenção;
  • reconhecimento do quadro e acionamento do serviço médico de emergência;
  • início imediato da RCP de alta qualidade;
  • rápida desfibrilação;
  • serviços médicos básicos e avançados de emergência;
  • SBV e cuidados pós-PCR.

Pontos essenciais para um atendimento de PCR de sucesso

As atualizações das diretrizes de RCP também salientam quais são os pontos que não podem faltar para que o atendimento a uma vítima de parada cardiorrespiratória tenha resultado positivo. São eles:

  • saber reconhecer uma PCR;
  • saber realizar corretamente a ressuscitação cardiopulmonar;
  • atentar-se à frequência das massagens, mantendo entre 100 e 120 compressões por minuto, o retorno completo do tórax da vítima e o mínimo possível de interrupções durante a reanimação cardiopulmonar;
  • cumprir os elos da cadeia de sobrevivência.

Orientações sobre o Suporte Básico de Vida 

As atualizações das diretrizes de RCP reforçam a informação que, a cada minuto do início da parada cardiorrespiratória, as chances de sobrevivência da vítima diminuem em 7% a 10%. No entanto, o uso do DEA (Desfibrilador Externo Automático), tanto operado por leigos como por profissionais de saúde, eleva as taxas de sobrevivência para 85%.

Mas para ajudar uma vítima de PCR, é essencial se atentar aos fundamentos básicos do Suporte Básico de Vida que, de acordo com o protocolo, são:

  1. identificação imediata da parada cardiorrespiratória;
  2. acionamento do serviço de atendimento móvel de emergência;
  3. início da RCP de alta qualidade;
  4. uso do DEA assim que disponível.

Como deve ser realizada a RCP

Uma massagem cardíaca de qualidade deve respeitar alguns direcionamentos, reforçados nas atualizações das diretrizes de RCP, que são ad frequência, a profundidade, o retorno do tórax a cada compressão e interrupção mínima. 

Isso garante o fluxo sanguíneo adequado para manter a vítima até a chegada do socorro especializado.

Assim, temos as seguintes orientações:

  • de 100 a 120 compressões por minuto em adultos e crianças (no ritmo da música ‘Stayin Alive’ do Bee Gees);
  • mínimo de 5 cm de profundidade, porém evitando passar de 6 cm, para adultos e crianças, e 4 cm para bebês menores de 1 ano;
  • permitir o retorno completo do tórax ao final de cada compressão;
  • não se apoiar no tórax da vítima;
  • interromper o mínimo possível o ciclo de massagem, sendo o máximo de 10 segundos para a realização da ventilação a cada 30 compressões (essa fase, indicada apenas para profissionais e mediante uso de equipamentos hospitalares adequados), ou para o tempo de análise do DEA;
  • trocar o socorrista a cada 2 minutos, se possível, a fim de evitar que o cansaço afete a qualidade do procedimento.

Saiba mais sobre como realizar a RCP em bebês de colo, em crianças maiores e em pessoas adultas.

O novo protocolo também menciona que o uso de dispositivos de Feedback de RCP ajuda a manter a qualidade das compressões, que devem ser ininterruptas até que a vítima retome a consciência, ou que socorro médico chegue e assuma o atendimento, dando continuidade ao processo.

Leia também sobre manutenção de equipamentos hospitalares.

Sobre a ventilação

Ainda que a fase de ventilação não seja indicada para realização por leigos, é possível verificar se a vítima tem algum objeto que esteja obstruindo suas vias aéreas, bem como contribuir para a passagem de ar. Para isso, deve-se realizar a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo.

No entanto, é fundamental que esse procedimento só seja realizado quando se tem a certeza de que não há lesão medular ou outros traumas na região. Do contrário, é possível prosseguir somente com a RCP, que já garante a ventilação passiva da vítima. Caso não tenha certeza, é melhor não fazer o movimento com a cabeça da vítima.

O uso do DEA

As atualizações das diretrizes de RCP mantêm a indicação do uso rápido do DEA como importante aliado no socorro às vítimas de parada cardiorrespiratória. Para garantir ainda mais a eficácia do uso do equipamento, a indicação do protocolo é para que o primeiro choque seja aplicado entre 3 a 5 minutos do início da PCR. 

Além de seguir corretamente as orientações do dispositivo, é fundamental atentar-se ao uso do desfibrilador em situações especiais, como em vítimas que estejam molhadas ou pessoas que usem marca-passo ou adesivos de medicamentos. Conheça também o cardioversor e seus usos.

Outras orientações para leigos

As atualizações das diretrizes de RCP reforçam que a manobra pode ser realizada por pessoas leigas, no entanto, a primeira ação que deve ser tomada é de ligar imediatamente para o serviço médico para informar o ocorrido e solicitar ajuda.

Mais que comunicar, as orientações passadas durante o atendimento telefônico podem ser cruciais para maximizar o resultado da ressuscitação cardiopulmonar. É importante saber a posição correta dos eletrodos, por exemplo.

O protocolo também reforça que, nos primeiros minutos da parada cardiorrespiratória, as ventilações não são tão importantes quanto as compressões. Assim, a realização da massagem de maneira contínua, e com qualidade, são suficientes e imprescindíveis para a sobrevida da vítima.

No entanto, se o socorrista, apesar de não ser da área de saúde, tiver treinamento e puder realizar as ventilações (no caso de pessoas conhecidas, parentes etc), que as realize considerando 2 ventilações a cada 30 compressões.

Quer saber mais sobre a RCP e o passo a passo de como ela deve ser realizada? Então baixe agora o nosso Guia de Reanimação Cardiopulmonar.

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Caso queira entender mais técnicas e ter acesso a mais informações cruciais para primeiro socorros nesses e em outros casos, baixe nosso guia “Como salvar mais vidas em emergências cardíacas – A importância do Feedback de RCP no DEA
 
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