A gestação é um período que requer muita atenção da mãe. A alimentação deve ser equilibrada, as roupas mais confortáveis e as visitas ao obstetra de forma frequente. No entanto, um fator que não costuma figurar no topo dos cuidados maternos é a possibilidade de ter uma arritmia cardíaca gestacional.
A arritmia cardíaca gestacional é uma condição que pode afetar muitas grávidas. Dependendo do histórico da mulher, a doença pode até mesmo colocar a vida da mãe em risco. Saiba mais a seguir.
Qual é o risco de ter uma arritmia cardíaca gestacional?
O corpo da mulher passa por uma série de mudanças durante o desenvolvimento de um feto. Uma delas é o aumento de 2 litros de sangue circulando pelo organismo — tudo isso para garantir o aporte necessário de nutrientes e oxigênio para a criança.
O coração da mãe, por sua vez, não foi desenvolvido para bombear essa quantidade elevada de sangue, que aumenta entre 30% e 50% por minuto durante a gravidez. A frequência cardíaca da mulher em repouso pode passar para 80 ou 100 por minuto. Consequentemente, a mulher sente falta de ar, cansaço e palpitações no decorrer da gestação.
A arritmia cardíaca gestacional passa a ser preocupante quando a mulher possui uma cardiopatia não identificada antes da gravidez. Por conta disso, o músculo cardíaco da mulher que já é frágil passa a trabalhar dobrado, colocando tanto a vida da mãe quanto da criança em risco. Os principais perigos oriundos da arritmia na gravidez são:
- Alterações vitais da criança;
- Falecimento da mãe;
- Parto prematuro;
- Rompimento prematuro da bolsa, levando à perda do líquido amniótico;
- Malformações do bebê.
Como evitar a arritmia cardíaca na gravidez?
A arritmia cardíaca gestacional pode ser evitada por meio de um diagnóstico precoce. Considerando que muitas doenças cardiovasculares só se manifestam nas mulheres durante a gravidez, é fundamental que as pacientes que pretendam ser mães façam a avaliação cardiológica regularmente para saber como proceder em caso de arritmia cardíaca gestacional — mesmo se não houver sinais de cansaço ou falta de ar.
A partir do momento que a cardiopatia for identificada, o cardiologista auxiliará a mulher da melhor maneira possível. Os protocolos médicos minimamente invasivos podem ser adotados logo após a 16º semana.
Quanto ao parto, muitos especialistas recomendam que a mãe realize o método natural. Isso porque a mulher perde menos sangue durante um parto natural, algo que é essencial para uma mãe com arritmia cardíaca gestacional.
Quais doenças cardiovasculares podem aparecer durante a gestação?
Além das arritmias cardíacas, as mulheres podem desenvolver outras patologias cardíacas, tais como:
- Hipertensão arterial, atingindo aproximadamente 10% das futuras mamães mundialmente;
- Sopro no coração;
- Estenose mitral e aórtica;
- Síndrome de Eisenmenger;
- Insuficiência cardíaca;
- Endocardite infecciosa.
A prevenção é a palavra-chave para as mulheres que estão gerando um bebê. Além de evitar engordar mais do que 10 kg no decorrer da gestação, é fundamental que as mulheres busquem o apoio de um cardiologista de confiança para minimizar os impactos da arritmia cardíaca gestacional e ter bastante saúde para cuidar da criança quando ela nascer.
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