Os desfibriladores externos automáticos são equipamentos fundamentais para a prestação de socorro, principalmente em casos de arritmia ou parada cardíaca. Para se ter uma noção, cerca de 300 mil pessoas morrem todo ano no Brasil em decorrência desse problema. Muitos casos teriam sido evitados se houvesse um DEA por perto.
Tão importante quanto o aparelho e a sua correta utilização, é o seu índice de proteção (IP). Também conhecido como grau de proteção, esse é um item técnico muito importante para o funcionamento contínuo e a durabilidade de qualquer dispositivo desta natureza. Abaixo, veja o que isso significa e como os equipamentos são classificados. E mais: porque ele é um fator importante na hora de comprar desfibriladores.
É uma classificação utilizada para avaliar equipamentos elétricos de acordo com a segurança oferecida por ele durante seu uso. Isso significa que ele é avalia sua capacidade de evitar danos físicos. Por exemplo: choques elétricos ou queimaduras por faísca; e problemas ao próprio dispositivo, que pode ser pela entrada de água e líquidos diversos ou de objetos sólidos.
Esta proteção é definida por duas normas brasileiras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT):
Tais normas foram baseadas em padrões internacionais. Portanto, a classificação não segue mais a denominação adotada somente pelos Estados Unidos.
A definição do índice é feita a partir da avaliação dos invólucros dos equipamentos. Junto à sigla IP são colocados dois numerais, definidos de acordo com a proteção oferecida. O primeiro número, que pode variar entre 0 e 6, define o nível de proteção contra o acesso a partes perigosas do equipamento elétrico em questão, como o dedo de uma pessoa, assim como a penetração de sólidos estranhos.
Se classificado como 0, o dispositivo não oferece nenhuma proteção; o 6 indica total proteção. Já o segundo número define a proteção do equipamento contra entrada de água em situações diversas, como chuva, locais molhados e áreas em lavagem. Esse índice varia entre 0 (sem qualquer proteção) e 8. Nesse último, o dispositivo não deve ter penetração de água em quantidade que provoque efeitos prejudiciais, mesmo quando imerso.
Ao verificar um índice de proteção a qualquer equipamento, o fabricante não somente oferece informações para o uso seguro. Mas também apresenta as condições para sua correta utilização. Esse é um fator que preserva a sua vida útil e gera economia a longo prazo. Pois, um aparelho bem manuseado e conservado pode manter seu bom funcionamento durante anos.
A definição de um índice de proteção em desfibriladores é essencial para sua utilização correta e pode, ainda, significar a manutenção de uma vida. Esses dispositivos têm como principal função descarregar cargas elétricas nas fibras musculares do coração ou na parede do tórax (de acordo com o caso apresentado) em pacientes que apresentam quadro de arritmia ou parada cardíaca.
O principal objetivo de sua utilização é reverter rapidamente esse quadro clínico crítico. Uma arritmia pode ter consequências não somente nas funções cardíacas do paciente. Mas pode também afetar o sistema nervoso, principalmente o cérebro.
Como a maioria dos casos de parada cardíaca acontece em ambientes diversos, nem sempre há um desfibrilador disponível. O primeiro procedimento geralmente é a respiração de resgate, seguida da massagem cardíaca.
Não se pode esquecer que qualquer pessoa, independentemente de sua idade, seu gênero ou de suas condições físicas ou socioeconômicas, pode ser atingida por uma arritmia ou parada cardíaca. Além disso, isso pode acontecer em qualquer ambiente e às vezes em momentos inesperados.
Um episódio marcante aconteceu em 2004 com o jogador de futebol Serginho, atleta do São Caetano, que sofreu uma parada cardíaca no meio de uma partida e veio a falecer.
A maioria das ocorrências podem ser revertidas caso haja atendimento rápido e executado corretamente. A chance de sobrevida diminui até 10% a cada minuto que o paciente não recebe socorro, sendo que poucas tentativas de ressuscitação apresentam sucesso depois de 10 minutos. Além disso, a falta de oxigenação afeta o sistema nervoso e pode causar morte cerebral em questão de minutos.
Definir um índice de proteção para dispositivos elétricos é uma forma de garantir a segurança do usuário e também sua aplicação correta. No caso dos desfibriladores, essenciais para procedimentos de ressuscitação cardíaca, isso ganha uma importância enorme.
Afinal, a utilização correta, dentro dos padrões estabelecidos pelas normas, não somente preserva a integridade do profissional que presta o socorro, mas também pode ser um diferencial para a pessoa que está sofrendo a parada cardíaca.
Além disso, danos recorrentes podem reduzir a vida útil do desfibrilador e até impossibilitar o seu uso. Isso implica custos adicionais, como assistência técnica, locação para reposição ou até mesmo a compra de novos equipamentos. No entanto, o maior prejuízo pode ser a falta de um aparelho em momentos críticos.
Ainda que o desfibrilador tenha um índice de proteção que garanta sua integridade, é essencial evitar que partículas sólidas ou líquidos de qualquer tipo (água, soro e sangue, por exemplo) entrem em contato com as partes internas do aparelho. Essa é uma medida fundamental para a conservação das placas eletrônicas e demais componentes.
Tão importante quanto a utilização e a conservação dos desfibriladores é a disponibilidade de um aparelho desse tipo em qualquer ambiente, seja hospitalar ou fora dele. Como vimos, ele pode fazer a diferença na vida de qualquer pessoa. A CMOS DRAKE sabe a importância disso e trabalha sempre para desenvolver os melhores em equipamentos médicos, aliando tecnologia, qualidade e segurança.
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