Entenda a importância de um desfibrilador em clínicas de estética

Desfibrilador em clínicas de estética

Você sabia que existe uma legislação que obriga certos estabelecimentos a contarem com determinados tipos de equipamentos médicos, dentre eles, um desfibrilador? E para quem é empreendedor do ramo de beleza, é preciso entender a importância de desfibrilador em clínicas de estética.

Para ressaltar a importância de manter um DEA em clínicas de estética, citamos um fato ocorrido em uma clínica no Rio de Janeiro e que foi notícia em vários jornais. Na ocasião, a paciente que havia se submetido a uma cirurgia estética, estava na sala de recuperação quando teve uma parada cardíaca.

A UTI móvel só chegou 25 minutos depois, mas a paciente já havia falecido. Essa situação deixa evidente que se a clínica tivesse um DEA (Desfibrilador Externo Automático) ao alcance, a paciente poderia ter sido salva.

Para que você possa saber mais sobre o assunto e saber quais são as clínicas que precisam contar com um desfibrilador, continue lendo este texto!

Por que ter um DEA em uma clínica de estética?

Primeiramente, é interessante saber que a sigla “DEA” indica tratar-se de um desfibrilador automático. Este equipamento é projetado para casos de parada cardiorrespiratória e pode salvar a vida de um indivíduo em casos de urgência.

O desfibrilador é utilizado por meio de eletrodos descartáveis, que são colocados na região torácica do paciente. Com a emissão de choques elétricos, quando diagnosticada uma arritmia maligna, o equipamento faz com que o coração da pessoa volte a “bater”, ou seja, a bombear sangue para o corpo, no ritmo adequado.

Assim, ter um desfibrilador em clínicas de estética é muito mais que ter um equipamento exigido por lei – Resolução CFM Nº 2.153/2016, que obriga a presença do equipamento em qualquer clínica que realize procedimentos invasivos, sedação, testes ergométricos, entre outros procedimentos. É, acima de tudo, um ato de cuidado e amor aos seus pacientes.

Dados divulgados por meio da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o maior causador de mortes no mundo são as doenças cardíacas. Viu como ter um DEA é uma medida de segurança e prevenção de mortes?

Como mostramos na notícia que divulgamos no início deste artigo, é muito comum que óbitos em clínicas de estética sejam noticiados pelas grandes mídias. Isso por que, logo após procedimentos estéticos e pequenas cirurgias, o paciente pode passar por um processo de parada cardíaca por motivos diversos (sobretudo com relação à anestesia).

Nestes casos, se o atendimento for ágil e eficaz, a vida do paciente pode ser preservada.

Tipos de clínicas de estética e a exigência de um desfibrilador

Segundo a legislação vigente, existem as Clínica de Estética I, Clínica de Estética II e III. A classificação é feita de acordo com níveis de complexidade da realização dos procedimentos estéticos. Algumas normas sanitárias são exigidas para tais clínicas de estética.

Clínica de Estética I

Esse tipo de clínica (consultório ou ambulatório independente de hospital) tem permissão para usar instrumental cirúrgico para anestesia local sem internação dos pacientes. Pois, é considerada atividade de média complexidade.

– Equipamento de segurança obrigatório para Clínica Estética I

Fonte de Suprimento de Oxigênio Medicinal.

Clínica de Estética II e III

Tanto a clínica de estética II e III compreendem ambulatório, consultório e ou estabelecimento semelhante, localizado ou não no interior das dependências de hospital, mas sem internação.

Na clínica de estética tipo II podem ser realizados procedimentos com anestesia locoregional e/ou anestesia geral com agentes anestésicos de eliminação rápida. Se o paciente pernoitar na clínica deverá usar as dependências do hospital.

– Equipamento de segurança obrigatório para Clínica Estética II

Eletrocardiógrafo, aspirador de secreções, ventilador pulmonar manual inflável, laringoscópio, estetoscópio e esfigmomanômetro.

Já na clínica de estética tipo III podem ser realizados procedimentos médico-cirúrgicos de pequeno e médio porte, sob anestesia locoregional com ou sem sedação e anestesia geral. Os pacientes poderão pernoitar na clínica.

Podem realizar tratamentos em estética médico-cirúrgicos de pequeno e médio porte com uso de anestesia local e sedação.

– Equipamento de segurança obrigatório para Clínica Estética III

Além das mesmas exigências da clínica II, nessas são obrigatórios: fontes de suprimento de oxigênio medicinal, de vácuo clínico e óxido nitroso, além de monitor cardíaco e desfibrilador.

– Lista completa do que é necessário na Clínica de Estética III:

  • Fonte de suprimento de oxigênio medicinal de Vácuo clínico e Óxido Nitroso;
  • Cânulas orofaríngeas (Guedel) (essencial);
  • Eletrocardiógrafo;
  • Oxímetro de pulso;
  • Ventilador Pulmonar manual inflável;
  • Seringas, agulhas e equipo para aplicação endovenosa;
  • Laringoscópio;
  • Escalpe; butterfly e intracath (com todo o material para a introdução)
  • Esfigmomanômetro;
  • EPI para atendimento das intercorrências (luvas, máscaras e óculos);
  • Gaze, algodão, ataduras de crepe;
  • Aspirador de secreções;
  • Caixa rígida coletora para material perfurocortante;
  • Estetoscópio;
  • Desfibrilador e monitor cardíaco.

Outra exigência é a de que profissionais de saúde especializados façam parte da clínica de estética. Entre eles, estão:

  • Médico;
  • Enfermeiro;
  • Farmacêutico;
  • Técnico em enfermagem;
  • Profissional de educação física.

Além disso, as clínicas tipo II e III devem contar com os seguintes medicamentos para casos de parada cardiorrespiratória e anafilaxia: adrenalina, amiodarona, atropina, brometo de ipratrópio, cloreto de potássio, dexametasona, diazepam, dipirona, dobutamina, dopamina, escopolamina, fenitoína, fenobarbital, furosemida, glicose, haloperidol, hidantoína, hidrocortisona, insulina, isossorbida, lidocaína, midazolam, ringer lactato, soro glicofisiológico, soro glicosado e água destilada.

Quem pode manusear um desfibrilador em casos de emergência?

No caso dos desfibriladores do tipo DEA, eles funcionam de forma automática e com operação intuitiva, 100% seguro e podem ser manuseados por leigos treinados. Portanto, não é necessário que haja um médico ou socorrista profissional para operá-lo. O DEA Life 400, por exemplo, conta com comandos de voz e de texto, além de diversas formas de auxílio e orientação à pessoa que está prestando o atendimento. Até mesmo com a orientação à RCP através do Feedback de RCP do equipamento..

Sendo assim, não é preciso ser médico ou enfermeiro para poder operar o equipamento. Com um simples e rápido treinamento prévio, que é fornecido pelo próprio fabricante, qualquer pessoa pode manuseá-lo.

Para isso, é necessário que o desfibrilador esteja carregado e possua os eletrodos descartáveis dentro do prazo de validade. O operador deverá posicionar os eletrodos na região do tórax do paciente e realizar o procedimento de acordo com o modelo do desfibrilador.

É essencial que o paciente esteja com a pele seca e de preferência sem pelos excessivos na região torácica. Além disso, em hipótese alguma, o paciente deve estar consciente. Ou seja, é preciso se certificar de que ele está inconsciente e sem pulso.

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